O maior jogador da história do futebol já vestiu a camisa do Mais Querido. O episódio ímpar para os torcedores e memória do próprio Clube do Remo completou, ontem, 55 anos: o Rei Pelé, estrela do Santos e bicampeão mundial na época com a Seleção Brasileira, pisava no gramado do estádio Baenão com a armadura azul-marinho.

O encontro ocorreu em uma excursão da equipe santista, que enfrentou o time misto do Leão, em 29 de abril de 1965. O jogo terminou com uma ‘taca’ a favor dos visitantes por 9 a 4, com direito a cinco tentos marcados pelo camisa 10 do Peixe. Contudo, a derrota passou batida, já que o registro da principal figura do esporte com o manto azulino entrou, posteriormente, para a eternidade.


Prova disso é que, mesmo passado mais de meio século do encontro para os dias atuais, quem fez parte daquele momento deixa claro que sempre irá repercutir tamanho feito. “Foi em uma quinta-feira à noite. Eu tinha apenas 14 anos. Foi um jogo inesquecível e que jamais se apagará da minha mente. O Remo foi a única equipe do Norte a ter tido esse privilégio com o Pelé ainda em atividade”, relembrou Orlando Ruffeil, hoje benemérito remista. “Foi uma cena indescritível, inenarrável. Quando entrou com a camisa do Remo e com um ramo de flores, o estádio foi abaixo”, detalhou.

Também aos 14 anos de idade e sem a ciência de que se tornaria um dos grandes nomes da história do Leão, o ex-atacante e ídolo remista Raimundo Mesquita, comentou sobre a repercussão. “Eu era muito novo, ainda não tinha ideia formada sobre futebol, mas ouvia falar sobre esse jogo porque foi algo grande (Santos de Pelé contra o Clube do Remo). Hoje nós vemos o tamanho que deu para o clube, depois de tanto tempo”, destacou Mesquita.

O goleiro Dico, que chegaria ao Leão em 1971, mesmo longe do Baenão quando o Rei Pelé vestiu com a camisa azulina, ponderou que tal feito não pode ser esquecido. “É o maior de todos os tempos. Vestiu poucas camisas e entre elas a do Remo. É motivo de orgulho”, ponderou.

Ainda de acordo com Orlando Ruffeil, em termos futebolísticos, nenhum outro registro será mais especial do que este. “A cidade parou. O Baenão aplaudiu. Apesar de ser o Rei do futebol e bicampeão mundial, não teve frescura, ele foi super solícito e atendeu a todos. Não tem como esquecer isso”, contou.

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui