Hoje treinador do Manchester City, Pep Guardiola ainda guarda muito carinho pelo Barcelona, onde conquistou grandes títulos e se projetou como um dos melhores do mundo no banco de reservas. Em entrevista a Rádio Catalunha, o comandante revelou que não seguiria o protocolo utilizado pelo seu antigo time para enfrentar o Las Palmas, no último domingo, em meio aos protestos que tomavam conta da região.
“Se eu ainda estivesse no Barcelona não teria entrado em campo. Se você entra é porque está mostrando ser conivente com a situação”, disse Guardiola. “Se todas as partes decidiram jogar, seja por medo de alguma punição ou qualquer outra coisa, teriam de fazê-lo com torcida e arcar com todas as consequências da decisão”, completou o treinador espanhol.
O dia do jogo foi marcado por muitos protestos referentes ao referendo que pedia a independência da Catalunha. A intenção dos clubes era não jogar, mas a Federação não cedeu por conta do calendário e Barcelona e Espanyol tiveram de entrar em campo para evitar uma punição. Inicialmente, o clube catalão havia se posicionado que não entraria em campo por “falta de segurança e condições de jogo”, mas o risco de perder seis pontos “obrigou” a realização.
Nas redes sociais e na imprensa catalã, a resposta foi negativa e as capas dos jornais deixaram clara a indignação com a diretoria do Barcelona. Alguns criticaram a postura da cúpula, justificando que o clube fugiu dos seus ideais para pensar apenas na questão esportiva e no lucro com o esporte.
Os protestos deixaram centenas de feridos durante o confronto com a polícia, que tentava conter o movimento. Sobre essa questão, Guardiola foi enfático ao criticar as autoridades. “Os policiais foram atacados? Só se foram com votos. Não tem o que falar”, questionou o treinador do Manchester City. A partida acabou com a vitória do Barcelona por 3 a 0 sobre o Las Palmas.
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Fonte: Gazeta Esportiva