Acada dia fica mais fácil entender o estilo Oliveira Canindé de trabalhar. Pouco afeito a trabalhos em dois turnos, o treinador aproveita o horário da tarde para movimentar seu grupo até o momento em que o próprio clima não deixa mais. A chuva pesada dessa sexta-feira em Belém não intimidou o treinador e seus comandados, que seguiram o rito de treino físico, trabalho de posicionamento e fundamentos e, ao fim, treino técnico em campo reduzido. Embora fale com todas as letras que não vai divulgar o time antes da hora do jogo, algumas pistas estão no ar.

As insistências com o lateral-esquerdo Gerson, no meio de campo, no posto ocupado por Flamel no último jogo, parecem sinalizar um aproveitamento do atleta de forma diferente no time. “O professor Oliveira Canindé sabe o que é melhor para o Remo. Eu acho que o ideal é estar à disposição do treinador. Eu me sinto importante para o grupo no sentido que posso ajudar tanto numa posição como em outra”, comentou o atleta. Apesar de ser lateral-esquerdo de origem, o jogador já atuou como meia pelo próprio Remo, na segunda rodada da Série C. Não conseguiu impedir a derrota para o Asa, mas teve o desempenho, individualmente falando, bastante elogiado.


Gerson afirma estar focado no duelo contra o Sampaio Corrêa, quinto colocado, com a mesma pontuação do Leão, e mirando entrar no G4 já nessa rodada em casa. O atleta afirma que o time azulino precisa mostrar alegria em campo, com todos os jogadores assumindo suas responsabilidades e se ajudando para trazerem o melhor resultado. “Se mostramos isso dentro de campo, vamos sair com a vitória lá de São Luís. Precisamos seguir focados em nosso maior objetivo na temporada que é fazer o Remo voltar para a Série B, independente da forma. Não queremos depender de ninguém, por isso seguimos pensando jogo a jogo”, finaliza o atleta.

Tempo de preparação foi bastante comemorado

 A Série C, em termos de intervalo entre as partidas, costuma ser um dos mais regulares entre as 4 divisões, com um jogo a cada sete dias. Mas, no Remo, seu jogo praticamente sempre é desmembrado e o time joga constantemente na sexta, sábado ou segunda-feira para que seja transmitido pela TV. E essa rotina, quando se acumula, causa alguns danos, com pouco tempo adequado para preparação e repouso. Por conta disso, os 9 dias entre a vitória sobre o Moto Club e o duelo contra o Sampaio Corrêa, depois de amanhã, foram muito comemorados. “Tivemos um bom planejamento, com descanso, atividade de academia, recuperação… Acho que é o melhor período de preparação entre um jogo e o outro”, comentou o volante Ilaílson. Ele não se furta em apontar onde foi a ênfase maior no trabalho – as finalizações. “Às vezes, a gente tem uma oportunidade só para finalizar e ela é crucial para definir o placar de uma partida. E, realmente, nosso time não anda finalizando muito bem. O Canindé tem insistido bastante nas finalizações por conta disso e acredito que já nesse jogo a gente deve ver uma diferença”, diz.

(Taion Almeida/Diário do Pará)

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