Novo camisa 10 do Flamengo, Gabigol foi um dos poucos jogadores que se manifestaram após a derrota por 3 a 2 para o Al-Hilal, resultado que tirou o clube rubro-negro  da disputa pelo bi do Mundial de Clubes. A postura do jogador é uma novidade nos últimos tempos, já que novas responsabilidades foram exigidas tão logo ele assumiu o número eternizado por Zico.

PAPO COM O PRESIDENTE

Quando o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, decidiu dar a camisa para Gabigol, no fim da temporada passada, fez um pedido ao atacante: que se posicionasse mais e assumisse o papel de liderança que a responsabilidade traz. E é justamente num dos períodos de maior turbulência nesta fase vitoriosa do clube que o jogador tem cumprido o desejo do dirigente.

‘BOTOU A CARA’ APÓS VICE


Após ser vice-campeão da Supercopa do Brasil para o Palmeiras, na derrota por 4 a 3, no dia 28 de janeiro, Gabigol fez questão de procurar a assessoria de imprensa do Flamengo para avisar que seria ele o encarregado de conversar com os jornalistas no pós-jogo do estádio Mané Garrincha.

“Claro que queríamos ganhar, mas temos que ser um pouco racionais. É um começo de trabalho, é um trabalho novo. Precisamos melhorar algumas coisas que precisam de tempo. É normal”, disse ele na ocasião.

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ÚNICO A FALAR FORA DO PROTOCOLO APÓS FRACASSO NO MUNDIAL

Gabigol foi o único a quebrar o protocolo no Mundial. Anteriormente, o zagueiro David Luiz e o meia Everton Ribeiro haviam conversado com os jornalistas na zona mista, mas dentro de uma exigência da entidade que os clubes precisam cumprir.

A entrevista de Gabigol aconteceu no apagar das luzes do Tânger Stadium, quando a delegação do Flamengo ia embora calada. Com semblante de seriedade, o atacante não fugiu das perguntas e deu declarações fortes.

Ele fez questão de sair em defesa do técnico Vítor Pereira, pressionado no cargo após os insucessos recentes, e chegou a se irritar com as frequentes perguntas questionando o trabalho do treinador.

“A gente está fechado com todos os treinadores que vêm aqui, qualquer um. A gente está com o Vítor. Torcedor vai ter a opinião dele, você (repórter) vai ter a sua. A gente gosta dele, está fazendo um trabalho muito bom. Quando perde, cria-se um monte de coisa. Está chata essa coisa. Ele está aqui, foi escolhido para estar aqui. Estamos representando um clube enorme. O que importa é o Flamengo. Não tem o que falar dele. Temos um grupo maravilhoso, o Vítor tem sido maravilhoso. Nossa relação é boa, os treinos são bons. Vamos melhorar para ser campeões. É um assunto muito chato que acho que tem que ficar por aqui”, disse o jogador. 

NOVO PAPEL

Em fase mais madura no clube, Gabigol tem adotado um papel de liderança no grupo. Em campo, mudou um pouco seu estilo de jogo e passou a sair mais da área para servir seus companheiros. O novo momento já lhe rendeu a faixa de capitão. O posto é habitualmente ocupado por Everton Ribeiro.

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