Flamengo visitou o Cruzeiro e deixou o gramado do Mineirão ainda mais líder do Campeonato Brasileiro. Com os 2 a 1 sobre o rival, o Flamengo abriu seis pontos para o Palmeiras, que encara neste domingo (22) o Fortaleza. Gabigol abriu o placar, Thiago Neves (de pênalti) deixou tudo igual, mas Arrascaeta fez valer a “lei do ex” e garantiu os três pontos do Flamengo, que chegou aos 45 pontos.
A partida foi disputada em ritmo intenso e o time carioca teve muita dificuldade para bater os donos da casa, que venderam caro o resultado. Ainda que bem posicionado em campo, o Cruzeiro foi vítima de um time que resolve os jogos na individualidade de seus jogadores quando o coletivo não funciona tão bem. O jogo foi cheio de alternativas e as equipes colecionaram chances perdidas de lado a lado.
Na próxima quarta-feira (25), os rubro-negros recebem a visita do Internacional, às 21h30, no Maracanã. No mesmo dia, os cruzeirenses encaram o Ceará, às 19h30, no Castelão.
Gabriel foi o destaque do jogo e não só devido ao gol que abriu o placar no Mineirão. Além do cabeceio sem defesa para Fábio, o camisa 9 do Flamengo não parou de batalhar e pressionar os zagueiros cruzeirenses. Com muita disposição, foi quem mostrou mais vontade nos momentos de baixa da equipe. Com um corta-luz, deixou o caminho livre para Arrascaeta sacramentar o triunfo.
Por outro lado, Vitionho, escolhido para substituir Éverton Ribeiro, teve atuação ruim em Belo Horizonte. Lento e aparentemente sem ritmo de jogo, o atacante perdeu bolas fáceis e tomou diversas decisões erradas. Após se recuperar de uma cirurgia no joelho, essa foi a primeira partida do camisa 11 como titular com Jorge Jesus. Após os 45 minutos abaixo da média, foi substituído por Piris da Motta ainda no intervalo.
Ex-jogador do Cruzeiro, Arrascaeta não teve uma recepção cordial no Mineirão. A cada toque do rubro-negro na bola, vaias dos cruzeirenses ecoaram pelo estádio. Ainda magoada com a saída do jogador para o Flamengo, a torcida expressou sua insatisfação com o meia durante os 90 minutos. Apesar do ambiente hostil, o uruguaio ampliou a dor de cabeça dos donos da casa ao sacramentar a vitória carioca.
O duelo contra o Cruzeiro esteve longe de ser um dos melhores momentos da equipe flamenguista no Brasileiro. O início foi até promissor, com o time marcando muito forte e sufocando o rival em seu campo. O gás, no entanto, acabou rápido e o adversário igualou as coisas. Quando a partida estava completamente aberta, Arão cruzou, Gabigol fez um corta-luz e Arrascaeta bateu sem chances para Fábio. Em um dia não tão bom do coletivo, o brilho individual fez a diferença para o Flamengo.
Com menos posse de bola e uma postura mais defensiva, o Cruzeiro resgatou o que era usado no período em que Mano Menezes esteve na Toca da Raposa II. A equipe passou a jogar por contra-ataques para chegar ao setor ofensivo. A velocidade de David e Pedro Rocha foi bastante usada no primeiro tempo do confronto. A dupla, no entanto, não foi tão feliz na conclusão de jogadas. Quando esteve em desvantagem no placar, o time voltou a tentar propor o jogo, mas encontrou dificuldades na forma de atuar do Flamengo, bastante compacto na recomposição.
Após cruzamento de Gerson, Gabigol cabeceou e abriu a contagem aos 6 minutos do primeiro tempo. Aos 37 da etapa inicial, Thiago Neves cobrou pênalti e deixou tudo igual. Aos 21 da etapa final, Arrascaeta desempatou.
Aos 24 minutos do primeiro tempo, Bruno Henrique acertou o braço no rosto de Henrique, que caiu no gramado. O choque gerou um corte profundo abaixo do olho do cruzeirense, que ficou com o rosto e a camisa ensanguentados. No intervalo, os médicos deram quatro pontos no atleta. O rubro-negro foi advertido com o amarelo.
A partir do jogo desta sábado, o Flamengo passou a estampar uma nova marca em seu uniforme: a Azeite Royal, cujo logotipo está localizado no meião da equipe. A marca também estampará o uniforme de treino dos profissionais e a camisa da equipe feminina.
CRUZEIRO: Fábio; Orejuela, Cacá, Fabrício Bruno e Egídio; Henrique, Éderson (Dodô), Robinho e Thiago Neves (Ezequiel); Pedro Rocha (Fred) e David. Técnico: Rogério Ceni.
FLAMENGO: Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson e Arrascaeta (Rhodolfo); Vitinho (Piris da Motta), Gabriel Barbosa e Bruno Henrique (Berrío). Técnico: Jorge Jesus.
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Neuza Ines Back (SP)
VAR: José Claudio Rocha Filho (SP)
Cartões amarelos: Bruno Henrique, Rafinha (FLA); Orejuela, Fred (CRU)
Gols: Gabigol, aos 6 minutos do primeiro tempo; Thiago Neves, aos 37 minutos do primeiro tempo; Arrascaeta, aos 21 minutos do segundo tempo