O clássico Re-Pa definitivamente é um campeonato à parte. Embora o placar final tenha sido apenas 1×1, o trilar do apito de Dewson Fernando foi o suficiente para começar uma festa de atletas e torcida do Remo. O gol nos minutos finais manteve a invencibilidade azulina na competição e garantiu a gozação na segunda-feira pós-jogo. “Sabíamos que seria um jogo difícil e muito pegado por parte das 2 equipes. Entendo que faltou um pouco de inspiração por parte do nosso time, mas acho que o resultado foi justo pelo que apresentamos”, comentou o camisa 10 Flamel.
O capitão azulino Henrique, avalia que a opção de jogo do Paysandu, que passou a se defender mais após a expulsão de Capanema, travou o jogo. “Eles se fecharam. Formaram duas linhas de quatro e colocaram dois jogadores de velocidade pelas pontas para conseguir o contra-ataque e não nos deixaram jogar. O nosso time martelou, martelou, martelou e no final conseguiu o empate”, avaliou o zagueiro azulino.
Henrique não comentou sobre lances específicos, mas reclamou da atuação de Dewson Fernando e avaliou que foi decisiva para o resultado. “Se o jogo tivesse o acréscimo exato, já que ficou quase 15 minutos parado, acredito que poderíamos buscar a vitória. Mas foi um bom resultado, o Paysandu jogou muito bem, foi guerreiro, mas nossa equipe conquistou um ponto importante e que nos garante a invencibilidade no campeonato”, finalizou.
PARA RAMOS, O PRESENTE ERA A VITÓRIA
O maestro Eduardo Ramos mostrou que pode ser decisivo em seu primeiro Re-Pa após o retorno ao Leão. Um Re-Pa disputado um dia depois do seu aniversário de 31 anos. O jogador marcou seu 5º gol no clássico e garantiu a invencibilidade azulina no Parazão. Caçado em campo, Eduardo não se intimidou com a marcação e partiu pro jogo, chamando a marcação adversária, distribuindo passes preciosos e criando diversas oportunidades.Após o jogo, o ídolo azulino fez uma avaliação sem muitos ufanismos do resultado.
“O empate foi bom, merecíamos a vitória, mas é uma situação que serve de lição. Tirando o gol, eles não fizeram mais nada no jogo e podiam ter vencido. Temos que melhorar pensando nas semifinais. Por conta de alguns detalhes, a gente deixou de conseguir a vitória, mas seguimos lideres do campeonato”, comentou o meia. O gol em clássico e festa da torcida também não contagiaram o meia, que não considerou o tento um ‘presente de aniversário’. “Trocaria o gol pela vitória. Mas foi merecimento por tudo que a gente fez. Seria injusto o Remo perder esse jogo de hoje”, definiu.
(Taion Almeida/Diário do Pará)