Em tempos’ do Clube do Remo chegou em sua escalação ideal, conforme a decisão dos torcedores em votação virtual para escalar o melhor time com base em grandes profissionais que tiveram passagem vitoriosa pelo Mais Querido, por cada posição. No setor ofensivo, zona final de escolha, duas lendas cravaram bandeira com os respectivos nomes no mural de ídolos do Leão Azul. Foram eles os atacantes Bira, eleito por votação, e Alcino, que foi incluído diretamente por ser considerado o maior nome da história do futebol remista.
Quinto jogador a marcar mais vezes com a camisa azulina, com um total de 115 gols, Ubiratã Silva do Espírito Santo, ou Bira, como ficou conhecido no futebol, marcou época pelo estádio Evandro Almeida em três passagens (1977-79/1885/1988) com direito a tricampeonato estadual em sua primeira passagem pelo Leão.
Hoje, aos 62 anos de idade, o ex-centroavante mandou um recado ao Fenômeno Azul. “Fico muito agradecido, muito lisonjeado por ter sido escolhido pela torcida como um dos melhores centroavantes junto do Alcino, por esse clube que eu aprendi a amar. Quero agradecer a vocês, torcedores do Clube do Remo, por ter me elegido. Fico muito feliz com isso e vamos Leão!”, disse o ídolo.
Para o torcedor remista José Augustinho, de 86 anos, o reconhecimento com o antigo avançado é completamente plausível. “Ele era aquele jogador forte, armário. Em uma Série A, em um jogo, aqui em Belém, contra um time do Sul, ele foi disputar a bola e deu uma braçada no defensor deles que a bola depois só foi parar no gol. Foi um grande jogador”, relembrou o torcedor.
NEGÃO MOTORA
Referência remista, Alcino é unanimidade quando assunto envolve futebol e Remo na mesma conversa. Não por acaso, o saudoso atacante foi o único a ter sido encaixado na onzena de todos os tempos sem votação para alcançar o privilégio entre os grandes. Atleta azulino de 1970 a 1975, por onde ergueu as taças do Torneio do Norte, Norte-Nordeste, além de três taças do Parazão, Alcino ainda ostenta a marca de vice-maior artilheiro do Remo com 158 gols.
De acordo com o benemérito do Leão, Orlando Ruffeil, que teve a oportunidade de acompanhar a trajetória do ‘Negão Motora’ em seus tempos de profissional, a qualidade do antigo atacante era sem igual. “Ele era um jogador desengonçado, tinha uma estatura muita alta, então ele desequilibrava porque ninguém conseguia marcá-lo nem pelo alto e nem por baixo. Quando metia a bola na frente, com aquela arrancada, pra pará-lo só com falta”, recorda. “Não vejo no Brasil nenhum jogador como ele era, asseguro que nenhum tinha as características do Negão. Ele era imprevisível, por isso ele é o nosso maior ídolo e sempre vai ser”, ponderou Ruffeil.
SUPER TIME O REMO DE TODOS OS TEMPOS
Goleiro: Clemer
Lateral-direito: Marquinhos Belém
Zagueiros: Belterra e Pagani
Lateral-esquerdo: Cuca
Volante: Agnaldo de Jesus
Meia-armador: Artur Oliveira
Meia-atacante: Mesquita
Atacante: Ageu Sabiá.
Centroavante: Bira e Alcino
(DOL)