Os confronto entre as duas melhores defesas do Campeonato Paraense coloca frente a frente dois goleiros que têm chamado a atenção na temporada. Com cinco gols tomados, o Remo só não foi mais vazado porque o goleiro Vinícius vive grande fase, sendo o único até aqui que goza de total confiança da torcida. Do outro lado, Mota só foi buscar a bola nas redes em três oportunidades, numa performance excelente da defesa bicolor. No entanto, a Fiel não o vê como uma unanimidade para ser o titular na Série C do Campeonato Brasileiro.
Tanto Mota quanto Vinícius têm 34 anos e uma trajetória similar em clubes médios e pequenos no futebol brasileiro. O arqueiro remista está em sua terceira temporada no Baenão, ao passo que o bicolor foi contratado no início do ano. Ambos têm em comum, além da idade, o temperamento tranquilo, sem se abalar com elogios extremados ou críticas raivosas.
Vinícius sabe o quanto um Re-Pa é diferenciado, mas garante que, seja qual for o resultado, o Remo tem que ter os pés no chão para seguir para as semifinais. “O jogo é importante pela rivalidade, já que as duas equipes estão bem na competição e praticamente classificados. Tomara que isso signifique um bom jogo, com as duas equipes procurando o gol”, disse. “Uma vitória no clássico dá tranquilidade para trabalhar. Mas, independentemente do resultado, vamos continuar focados primeiro na semifinal, depois na final, que é nosso objetivo. Temos que ter tranquilidade. Não podemos repetir os erros do primeiro jogo. Melhoramos bastante de lá para cá e temos que mostrar isso em campo”, diz.
O goleiro azulino tem um bom retrospecto contra o maior rival e torce para que os resultados do ano passado voltem a dar as caras. “Foram quatro vitórias e uma derrota. É um bom retrospecto, tomara que a gente reencontre a vitória. O Re-Pa é uma partida boa de jogar. O adversário joga e deixa jogar. É um jogo que é sempre diferente, com concentração total do início ao fim”, conclui.
Mota completou 34 anos ontem e sabe muito bem que presente ele quer no clássico. “São 34 anos com uma carreira boa. Quero de presente não levar gols e uma vitória”, disse. O pensamento do goleiro é manter a meta sem ser vazada. “Temos sido eficientes nesse quesito e a rapaziada lá atrás ajuda muito”, finalizou o goleiro do Papão.
(Tylon Maués/Diário do Pará)