O elenco do Paysandu deu início, ontem pela manhã, na Curuzu, aos preparativos para o jogo de sexta-feira (11), contra o Juventude-RS, em Caxias do Sul. O ambiente no clube continua sendo de serenidade, visto que a equipe segue cumprindo campanha positiva na Série B, mesmo a despeito de ter descido um degrau na tabela de classificação, saindo da segunda para a terceira colocação, após o desfecho da 4ª rodada. O empate diante do Sampaio, por 1 a 1, no sábado, não foi considerado um resultado ruim por se tratar de jogo fora de Belém.

“Mesmo sofrendo, vou enaltecer sempre o ponto conquistado. Vou valorizar muito o ponto conquistado fora de casa”, comentou técnico Dado Cavalcanti, ainda em São Luís do Maranhão. “Temos mais uma boa semana de trabalho para fazer os ajustes necessários”, prosseguiu. Mas, somente a partir de hoje é que o elenco passará a trabalhar, de fato, mais forte. Ontem, quem jogou contra o tricolor se limitou a uma sessão regenerativa no vestiário. Esses atletas não colocaram os pés no gramado, diferentemente daqueles que ficaram em Belém, que fizeram um coletivo contra o sub-20 do clube.

No treino, Dado voltou a utilizar o sistema 3-4-3 que vem adotando em jogos da equipe. O treinador sabe que precisa mesmo ajustar o time, levando em conta a apresentação feita pelo grupo na capital maranhense. “A nossa equipe estava mal posicionada em campo. Ao se posicionar mal, eu perco a maioria das segundas bolas. Eu vou perdendo confiança. O Mike ficou isolado, o Cassiano ficou isolado. Foi também uma noite ruim individualmente. Os nossos jogadores, em sua maioria, não jogaram tudo aquilo que a gente esperava e que já jogaram antes”, criticou.


Os próprios jogadores reconheceram a pífia atuação do time, mas valorizaram o resultado. “Realmente não nos encontramos em campo como das vezes anteriores, mas de qualquer maneira o resultado acabou sendo positivo por jogarmos fora de casa”, analisou o zagueiro Edimar. “O importante é que fomos para São Luís atrás de pelo menos um ponto e conseguimos. Agora é pensar maior ainda para o próximo jogo, que também será bastante difícil”, disse o lateral Mateus Muller.

Zagueiro Dougla Mendes teria estranhado o 3-4-3 

Embora tenha comprometido visivelmente o desempenho da defesa do time no jogo contra o Sampaio Corrêa, o zagueiro Douglas Mendes, que já havia entrado bem no segundo tempo dos jogos contra o Manaus-AM e Atlético-ES, pela Copa Verde, recebeu o apoio do técnico Dado Cavalcanti e dos companheiros. O treinador creditou a atuação pouco produtiva de Mendes, principalmente na etapa inicial da partida em São Luís (MA), ao fato de o defensor ter tido pouco tempo para se adaptar ao sistema de três zagueiros que vem sendo adotado pela equipe.

Dado também observou que o zagueiro esteve por um longo tempo entregue ao departamento médico e que, este ano, só atuou nos jogos em Manaus e Cariacica e, assim mesmo, por pouco tempo, no que foi acompanhado pelo volante Nando Carandina. “O Douglas está vindo de uma lesão. Foi o primeiro jogo dele em 90 minutos no ano. Ele teve participação em dois jogos, mas apenas por dez, quinze minutos”, apontou o técnico. “É um formato um pouco diferente do que ele estava acostumado”, disse Dado, se referindo ao esquema 3-4-3 implantado por ele há pouco tempo.

Carandina, por sua vez, colocou em xeque o tempo em que o companheiro ficou parado. “Pode ser que ele tenha sentido o ritmo de jogo”, declarou. “Ele ficou sete, oito meses sem jogar, o que é muita coisa. Mesmo assim de uma maneira geral acho que ele conseguiu suportar bem”, disse. Mendes fez apenas uma partida inteira (contra o Goiás-GO).

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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