No decorrer desta semana, os profissionais que fazem parte do quadro de responsáveis pela preparação física e manutenção nutritiva do grupo de jogadores do Clube do Remo ganharam espaço para falar a respeito do planejamento que tem sido feito com os atletas nesse momento, sem treinos coletivos e jogos oficiais. Todos, nas suas respectivas áreas, destacaram que a atividade individual é primordial para que os jogadores minimizem o baque pós-pandemia. Ainda assim, os atletas não escondem que a inovação é ‘cruel’ para quem teve de mudar toda a rotina basicamente da noite para o dia e “na marra”.
Longe dos gramados, da companhia com colegas e da presença da torcida, o que naturalmente motivava para que o trabalho rendesse mais para os compromissos em dias de jogos, os jogadores comentam que todo esse esforço de reformulação precisa ser assimilado o quanto antes, já que os exercícios se tornaram o maior dever dos azulinos ao longo dessa quarentena. “A gente tem que passar por cima de tudo isso, porque quando voltar os jogos, temos que estar em condições boas, porque já perdemos muito tempo parado”, disse o goleiro Vinícius, ao fazer ressalva.
“Confesso que não é um cenário tão motivante como você ir para o campo ou estádio, mas procuramos fazer o melhor para voltarmos em condições pouco melhores do que se estivéssemos fazendo nada”, explicou o arqueiro em material cedido pela assessoria de imprensa da agremiação.
Principal jogador da equipe remista, o Camisa 1 destacou que os goleiros serão bastante prejudicados visto que a preparação é diferenciada das demais posições. “A gente trabalha com bola direto, é salto, é queda e isso prejudica porque a gente não tem espaço que a gente tem no dia a dia. Pro goleiro é um pouco mais complicado”, analisou.
FÉRIAS FRUSTRADAS
Com três meses longe do trabalho, todo esse período mantendo o isolamento social em casa em respeito às orientações de prevenção em combate ao coronavírus, Vinícius destacou que esse tempo em casa não tem sido nada bom. “É pior do que férias, porque nas férias você pelo menos passeia, anda de bicicleta, sai. Agora dentro de casa direto é aquele negócio, de você procurando coisa para comer, sentado e deitado o dia todo. O atleta que não se preocupar, acaba se excedendo sem fazer nada”, avalia.
(Matheus Miranda / Diário do Pará)