O presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, reagiu com certo desagrado ao calendário da Série C do Brasileiro anunciado, ontem, pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O fato da competição só ter o seu final marcado para o final de janeiro de 2021, de acordo com o dirigente, trará prejuízo aos clubes. Ele informou, em conversa com o DIÁRIO, que esperava que o campeonato fosse encerrado ainda este ano, “lá pelo mês de novembro, no máximo.” O desalento de Gluck Paul, conforme explicou o dirigente, se deve ao fato do Papão ser obrigado a ter um gasto maior com o prolongamento da disputa.

“É muito simples de ver que os clubes terão de gastar mais”, disse Gluck Paul. “Numa conta simples de padeiro, se a folha de pagamento é de R$ 1 mil e você tem cinco meses de campeonato, o gasto, óbvio, será de R$ 5 mil, correto? Agora, se você tem sete meses de campeonato, claro, são sete meses de custo, então cada mês que se posterga é um mês a mais de custo. Então é lógico que eu lamento que a Série C só vá terminar em 2021”, completou.


O dirigente salientou, ainda, que o prolongamento do campeonato implicará em alteração nos contratos dos jogadores. “A nossa previsão era de que o Brasileiro fosse encerrado, no máximo, em novembro, mas não será assim. Será em janeiro. Com isso, o Paysandu, que tinha um determinado planejamento, terá de aditivar os contratos de seus jogadores”, lembrou Gluck Paul.

Segundo o presidente, a grande maioria dos contratos dos jogadores do Papão, sobretudo no que tange aos importados de outros centros, expiram em novembro. “Quando esses contratos foram firmados com os atletas, não se imaginava que o futebol fosse sofrer todos esses transtornos por causa da pandemia”, salientou. Ao final da entrevista, o presidente acabou se resignando diante do novo calendário da Série C. “É o que tem, então vamos em frente”.

Se antes já havia a especulação de que em breve o Papão deverá anunciar a contratação de novos jogadores, agora com a Série C terminando mais tarde e, mais ainda, a liberação para a substituição de até cinco e não mais três jogadores nas partidas, aí é que a direção bicolor deverá apostar no fortalecimento de seu elenco. Fala-se na vinda, inicialmente, de pelo menos três atletas, que seriam um zagueiro, um meia e um atacante, que jogue enfiado na área.

(Diário do Pará)

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