Nunca foi fácil buscar vitória em campo inimigo. Em qualquer competição, a tarefa mais espinhosa é desafiar adversários dentro de seus domínios, mesmo que não haja torcida presente, como na atual Série C. O fato é que o PSC se prepara para jogar amanhã em Erechim (RS) contra o Ypiranga ciente da complexidade da missão.

Foco, disciplina e concentração são virtudes que não podem faltar ao time no confronto de sábado. Será preciso atuar em altíssimo nível para superar um adversário qualificado e extremamente agressivo no ataque. O Ypiranga paga o preço de um mau começo na segunda fase da competição, quando sofreu três derrotas.

Ocorre que nas últimas duas rodadas o time gaúcho se recuperou e vem mostrando um impressionante apetite no esforço pela recuperação plena. Derrotou o Remo e empatou com o Londrina, no estádio do Café, em partida na qual foi muito superior. Teve chance de vencer, perdeu um pênalti e jogou o tempo todo no campo de defesa do Tubarão.

Por tudo isso, o papel que caberá ao PSC é o de jogar sempre em voltagem superior ao do anfitrião. Não poderá cometer o erro de ceder espaço ao Ypiranga. Pode (e deve) se defender com organização, afinco e sabedoria.

O esquema de três zagueiros, utilizado exitosamente diante do Londrina, não parece o mais adequado para conter o Ypiranga. Da maneira como foi executado, o 3-5-2 visto no estádio do Café foi um primor de defensivismo, com atribuições de marcação que envolviam até o atacante Nicolas.

Contra o Ypiranga, marcar será apenas uma das responsabilidades dos bicolores. Será necessário vigiar e combater o rápido sistema ofensivo adversário, mas sem descuidar da ocupação de espaço e busca de jogadas rápidas pelos lados.

A volta dos laterais Tony e Bruno Collaço certamente vai contribuir para que os ponteiros Vítor Feijão e Marlon (ou Uilliam) tenham mais alternativas para avançar sobre a zaga do Ypiranga. O contra-ataque deve ser usado de maneira inteligente, a partir de saídas em velocidade pelo meio ou pelos lados.

Uchôa é volante e funciona como o organizador que o Papão não tem. Sabe passar e armar. Se puder atuar em tempo integral, será o ponto de equilíbrio de um meio-campo que perdeu dinâmica enquanto ele esteve fora.


Citei ali em cima uma dúvida para o ataque, em função do rendimento recente de Marlon na competição. Depois de brilhar na fase de classificação, o atacante teve uma queda técnica vertical. Pouco participativo, virou substituição carimbada no 2º tempo.

Brigatti e o PSC irão precisar de atacantes que tenham constância e sejam agudos. Oportunidades sempre surgem para os dois lados em jogos decisivos. Que o Papão saiba aproveitar as suas.

 

Sonho do bicampeonato move a esquadra azulina

Tenho acompanhado programas da Rádio Paiquerê, de Londrina, para ouvir as projeções que amigos de lá fazem sobre o duelo decisivo de amanhã com o Remo. Além do prazer de ouvir os amigos J. Mateus e Reinaldo Furlan, parceiros de cobertura das Copas de 2006 e 2010, é interessante notar como eles enxergam o futebol do Pará.

Um dirigente do Londrina chegou a admitir que existiriam “malas” viajando, e não falou como na piada que diz que toda mala vem para Belém. Falou meio sério, dando a entender que o clube paranaense estaria disposto a tudo.

Bem, cartolas vivem expondo desnecessidades e fugas de ideia, mas talvez os londrinenses não entendam a importância que o jogo adquiriu para o Remo. O acesso era a meta principal dos azulinos, mas sua conquista não excluiu a segunda ambição: o bicampeonato da Série C.

Em 2005, jogando em Novo Hamburgo, o Remo de Roberval Davino botou a mão no laurel de maior relevância neste século. Era o título nacional que o clube tanto buscava. Agora, 15 anos depois, surge a oportunidade de repetir aquela façanha e ninguém no Evandro Almeida admite desperdiçar essa chance.

Além das vantagens naturais de uma conquista nacional, como o acréscimo de pontos no ranking oficial da CBF, há o fator rivalidade. Neste século, o PSC já foi campeão brasileiro da Série B (2001), levou a Copa dos Campeões (2002) e participou da Libertadores, em 2003.

O Remo luta, como todo grande clube que se preze, para reduzir toda e qualquer desvantagem em relação ao rival maior. A diretoria quer, os jogadores também e a torcida mais ainda.

Talvez por ser um clube interiorano, o Londrina não entenda bem a lógica disso tudo, mas alguém precisava dizer isso àquele dirigente boquirroto.

Dois azulinos, agora palmeirenses, na final da Libertadores

 

Weverton é um dos maiores nomes da campanha que levou o Palmeiras à disputa da Libertadores depois de duas décadas. Seguro, tranquilo e sortudo, reúne todas as qualidades que um grande goleiro deve ter. Graças a ele, o embate decisivo com o River Plate na semifinal terminou favoravelmente ao Palestra.

Goleiro campeão com a seleção olímpica e convocado várias vezes por Tite, Weverton forma com Rony a pequena porção de ex-azulinos no milionário elenco alviverde. Muitos torcedores do Remo nem sabiam dessa curiosidade, que uma matéria de um site nacional citou nesta semana.

No início da carreira, ele defendeu o Remo, em 2006-2007. Sem maior destaque, é verdade, mas foi tempo suficiente para sempre mencionar o Leão em entrevistas. Ao contrário, por exemplo, de Clemer, que faz questão de suprimir essa parte do currículo. 

 

 

 

 

 

 

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