Nesta Série C, o Clube do Remo apresenta certa consistência em campo, algo que faz jus a sua colocação na parte de cima da tabela, na briga pela liderança do grupo B do campeonato. Em alguns casos, há o domínio total em campo, a exemplo do jogo diante do Ypiranga-RS, em casa, mas que acabou ficando no empate em 0 a 0. Contudo, nem mesmo o desperdício de pontos em Belém àquela altura foi tão decepcionante quanto a igualdade no marcador da última rodada, justamente por ter deixado escapar uma vitória quase certa, no final do duelo com o Tombense, na última segunda-feira (3), em 2 a 2.
A vitória parcial construída até as proximidades dos acréscimos da etapa complementar colocou o Leão momentaneamente na liderança isolada geral da Terceirona. Dessa maneira, a comissão técnica azulina, ao lado do grupo de jogadores, lamentou a situação, mas enfatizou que o time não tem tempo para desculpas. Literalmente. Isso porque o elenco terá 72h de preparação, divididos a partir desta tarde, ocasião da reapresentação do plantel no estádio da Tuna, até a próxima sexta-feira, pois, no sábado à tarde, 17h, o Remo encara o Volta Redonda-RJ, pela sétima rodada, no estádio Mangueirão.
O período curto entre um jogo e outro, inclusive, foi bastante criticado pelo treinador Márcio Fernandes, quando abordou o fator de recuperação física dos jogadores. Em comparativo com as demais equipes que fazem parte do chaveamento remista, o Remo é a única agremiação que irá engatar duas partidas em quatro dias – ontem o dia serviu apenas para retornar à capital, em uma viagem de 10h, entre ônibus e avião, com desembarque nesta madrugada.
COLHER DE CHÁ
Por isso, o técnico fez questão de parabenizar os seus atletas pela doação em campo. “Os jogadores estão de parabéns. A logística é complicada e eles foram heróis. Correram muito. Agora é ter tranquilidade e trabalhar mais, apesar de que vamos chegar e não vamos nem conseguir trabalhar. É uma loucura. Mas é fazer um bom jogo contra o Volta Redonda e ter a chance vencer para ficar na liderança”, comentou.
DEFESA AINDA MERECE UM VOTO DE CONFIANÇA
O Remo entrou em campo para enfrentar o Tombense ostentando a marca de defesa menos vazada até então de toda a Série C 2019, com apenas um gol sofrido, algo positivo se levarmos em conta o fato da equipe ter feito a sua terceira partida fora de casa. Mas, acabou que o time sofreu dois tentos, ambos por questões de posicionamento, ao permitirem aos adversários espaço nas jogadas ofensivas.
Os gols sofridos, porém, não descredenciam a defesa azulina, que ainda é uma das mais efetivas, sendo a segunda menos vazada, atrás somente do Juventude.
O zagueiro Marcão falou sobre o assunto. “Fizemos o nosso melhor. Não tem muito o que falar. Isso acontece. Estamos invictos e pontuamos”, limitou-se.
Já o goleiro Vinícius (foto), destacou a postura do time em momentos de adversidade. “Acredito que o time adotou um estilo de jogo bom fora de casa. Temos mais controle do que as coisas acontecem. O resultado às vezes não vai ser conforme a gente quer, mas o importante é que sempre vamos lutar para isso, como fizemos”, pontuou.
RAMIRES
Ciente das dificuldades que seriam encontradas contra o Tombense, por ter enfrentado o Gavião-Carcará pelo Estadual nesta temporada, o volante Ramires, não por acaso, fez questão de parabenizar o que foi apresentado pelo Remo, bem como o empate. Para o jogador, os azulinos fizeram frente contra o adversário, algo que precisa ser colocar na balança antes de qualquer crítica. “É uma equipe que sabe o que faz aqui (estádio Almeidão). Mas provamos para nós mesmos que fora de casa sabemos como jogar. Tivemos a chance de sair com a vitória, mas o empate não é ruim. Não perder jogo e sempre somar vale muito na Série C”, disse.
(Matheus Miranda/Diário do Pará)