Em um clássico bem longe das tradições, Clube do Remo e Paysandu não saíram no 0 a 0, ontem à tarde, no Mangueirão, na primeira das duas partidas entre as equipes valendo vaga na final da Copa Verde. Papão e Leão voltam a se enfrentar no próximo domingo (6), quando aí sim se conhecerá o adversário de Goiás-GO ou Cuiabá-MT, que fazem a outra semifinal. O placar acabou fazendo justiça ao futebol sem brilho mostrado pelas equipes. No jogo de volta, ocorrendo novo empate, independente do número de gols, a decisão ocorrerá nas cobranças dos tiros livres da marca do pênalti. Quem vencer, leva.

O empate, sem gol, do primeiro tempo fez jus ao que fizeram as equipes em grande parte dos 45 minutos. O Re-Pa começou com os times cautelosos, parecendo estudar o adversário. O Papão era um pouco mais incisivo no ataque, mas sem jogadas de real perigo. A partida era equilibrada em seu início, com os goleiros tendo pouco trabalho. Faltava intensidade dos dois lados, transformando o clássico em um jogo morno, chato, lento. Bem diferente de outros grandes confrontos entre Leão e Papão.


Azulinos e bicolores seguiam na mesma, tocando a bola para os lados. A partida ganhou um pouco mais de ofensividade, mas ainda assim pouco para a tradição do Re-Pa. A primeira tentativa foi bicolor, com Elielton, aos 28 minutos, mandando a bola pelo lato. O Leão respondeu com duas investidas, mandadas por Ronaell e Wesley para a defesa de Giovanni. Os dois últimos lances foram de grande perigo: Neto Baiano, aos 42, ganhou de Perema pelo alto e quase abre o placar. Aos 45, Léo Baiano, caído, tentou o gol, mas Vinícius, em cima da linha, evitou.

 

O torcedor que esperava um segundo tempo diferente acabou se frustrando. As equipes continuaram no mesmo ritmo, dando calo na vista dos torcedores, como reconheceram os próprios jogadores na saída de campo. O Papão mostrava mais vivacidade ofensiva, fustigando a defesa remista por mais tempo. Em uma das investidas, Vinícius Leite, aos 13, bateu para a defesa parcial do goleiro. O Paysandu explorava as investidas pelo lado esquerdo, principalmente, onde Collaço aparecia bem, apoiado por Nicolas.

Em outra tentativa bicolor, Vinícius Leite, da meia lua, bateu rumo ao gol. A bola explodiu no travessão, aos 27 minutos. Antes, quase o goleiro Giovanni, ao tentar repor a bola, dá um presente a Neto Baiano, que não aproveitou. Aos 31, um lance discutível: Hélio bateu cruzado, a bola acerta, visivelmente, o braço direito aberto de Collaço dentro da área. Os azulinos pediram pênalti, que Dewson Freitas não deu. Na reta final, Elielton fez falta desleal e foi expulso merecdamente, mas o empate já estava definido.

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