O domínio queniano está mantido por mais um ano na prova feminina da Corrida Internacional de São Silvestre. Catherine Reline, de 20 anos, foi a vencedora da categoria na 97ª edição da competição de rua, disputada neste sábado (31), em São Paulo.

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A jovem atleta vinha de vitória na Meia Maratona da Itália nesta temporada e já era apontada como um dos destaques da elite feminina.

Catherine se manteve na liderança desde a primeira parte da prova, na altura do Estádio do Pacaembu, e cruzou a linha de chegada com um tempo de 49min43s. O recorde pertence a outra corredora do Quênia: Jemima Sumgong, com 48min35, em 2016.

No ano passado, o primeiro lugar do pódio havia ficado com a também queniana Sandrafelis Tuei, com 50min06.

Completaram o pódio as etíopes Wude Ayalew Yimer e Kebebush Yisma Ewoldemariam. A melhor brasileira foi Jenifer do Nascimento Silva, que cruzou a linha de chegada na quarta colocação.

A corrida deste ano marcou a despedida da brasileira Maria Zeferina Baldaia, aos 50 anos, depois de 21 participações na São Silvestre. Ela foi a terceira vencedora do país nesta corrida, em 2001, depois de Carmen de Oliveira, em 1995, e Roseli Machado, em 1996.


Desde a vitória de Lucélia Peres, em 2006, a prova feminina da São Silvestre tem sido dominada pelas quenianas. Nas 15 corridas desde então, atletas do país venceram 12 vezes, sendo as últimas seis de maneira consecutiva. A única a conseguir quebrar essa hegemonia foi Yimer Wude Ayalew, da Etiópia, ganhadora em 2008, 2014 e 2015.

Neste século, apenas quatro ganhadoras da prova feminina não eram representantes do continente africano. São elas as brasileiras Maria Zeferina Baldaia (2001) e Marizete de Paula Rezende (2002), além da própria Lucélia Peres e da sérvia Olivera Jevtić (2005).

Nenhum país tem tantas vitórias na São Silvestre quanto o Quênia. Entre as mulheres, são 15 vitórias de atletas quenianas. Em segundo lugar aparece Portugal, com sete títulos, seis deles da recordista Rosa Mota, campeã entre 1981 e 1986.

O Brasil tem cinco vitórias na história, com Carmem Oliveira (1995), Roseli Machado (1996), Maria Zeferina Baldaia (2001), Marizete de Paula Rezende (2002), e Lucélia Peres (2006).

PROVA MASCULINA

Assim como na prova feminina, a corrida masculina da São Silvestre de 2022 teve um campeão africano. O vencedor foi Andrew Kwemoi, de 22 anos, ganhador pela primeira vez no tradicional circuito brasileiro e primeiro representante de Uganda no lugar mais alto do pódio na competição.

Joseph Panga, da Tanzânia, cruzou a linha de chegada na segunda colocação, e o também ugandense Maxwell Rotich completou o pódio. Fábio Jesus Ferreira foi o melhor brasileiro na categoria e terminou na quarta posição.

A última vitória brasileira na prova masculina da São Silvestre aconteceu em 2010, com Marílson Gomes dos Santos.

Desde então, houve dez ganhadores africanos, além do etíope Dawit Fikadu Admasu, que venceu em 2017 já como representante do Bahrein, país asiático pelo qual se naturalizou após a sua primeira conquista na prova brasileira, em 2014.

Com a vitória de Kwemoi, Uganda entra pela primeira vez na lista de títulos masculinos na São Silvestre. O Quênia lidera esse ranking com 15 vitórias, e o Brasil aparece em segundo lugar, com 11.

SÃO SILVESTRE 2022

A 97ª edição da São Silvestre marcou o retorno da normalidade no evento após a pandemia da Covid-19. Depois de ter sido suspensa em 2020 por conta das restrições provocadas pelo coronavírus, a edição do ano passado havia sido realizada com limite de inscritos (22 mil).

Desta vez, sem limitação, a prova contou com 32 mil participantes, de acordo com os organizadores. Um dos destaques foi justamente o aumento da participação feminina, com 35,6% de mulheres em relação ao total de inscritos, contra 29,4% no ano passado.

A principal corrida de rua da América Latina tem um percurso de ao todo 15 km por ruas e avenidas da cidade de São Paulo. Tanto a largada quanto a chegada acontecem na Avenida Paulista.

O trajeto também passa por pontos conhecidos da cidade, como o estádio Pacaembu, a Praça da República e a esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São João.

Na categoria cadeirantes, o primeiro lugar no pódio da São Silvestre de 2022 ficou com a brasileira Vanessa Cristina de Souza. Este foi o quarto título dela nesta prova.

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