Chegou o dia. Neste sábado, às 15h45 (de Brasília), Real Madrid e Liverpool decidem a Liga dos Campeões. A partida, no Estádio Olímpico de Kiev, vale o título de clubes mais cobiçado do futebol mundial. Mas além disso, a decisão na capital da Ucrânia pode valer o posto de melhor jogador do mundo.

De um lado, Mohamed Salah, do Liverpool, tenta levar o Liverpool ao título que não conquista desde 2005. O egípcio é o destaque do forte ataque vermelho, quebrou recordes do futebol inglês nesta temporada e se colocou entre os candidatos a melhor jogador do futebol. No entanto, para ser o melhor da temporada, terá de desbancar o craque do outro lado da final.

Trata-se, claro, de Cristiano Ronaldo, que tenta conquistar mais uma Liga dos Campeões pelo Real Madrid, sua quarta pelo clube, e mais uma bola de ouro, que seria sua sexta na carreira. Apesar de ter números abaixo de sua média no Campeonato Espanhol, o português é artilheiro isolado da competição continental chega à final querendo manter sua hegemonia nas premiações individuais.

Mohamed Salah: o desafiante

Mohamed Salah Ghaly começou sua carreira no El Mokawaloon, clube de seu país, onde chegou em 2006, aos 14 anos. Em 2012, o egípcio se transferiu ao Basel, da Bélgica, onde chamou a atenção do Chelsea. Dois anos depois, chegou ao futebol inglês, mas não se destacou pelos Blues de José Mourinho e foi emprestado à Fiorentina no ano seguinte. Mesmo após boa temporada pela Viola, o Chelsea novamente o emprestou, desta vez à Roma, onde foi eleito o melhor jogador da equipe em 2015-16. Graças à boa temporada, foi comprado pelo time da capital da Itália.

Em 2017, outra grande temporada no futebol italiano lhe rendeu uma nova chance na Inglaterra pelo Liverpool, que o comprou por 42 milhões de euros e o tornou o jogador mais caro da história do clube. E apesar do valor ter sido considerado alto no momento da transferência, o egípcio fez valer cada centavo.


Em sua primeira temporada com a camisa vermelha, Salah se colocou na história do clube quebrando o recorde de gols marcados em Campeonato Inglês com 20 times. Nos 36 jogos que disputou, “Mo” balançou as redes 32 vezes, superando também a melhor marca da equipe, os 31 tentos do uruguaio Luiz Suárez em 2013-14. A marca histórica de gols foi complementada por 10 assistências, quinta melhor marca da competição.

O desempenho sensacional não é restrito ao Inglês. Nesta Liga dos Campeões, Salah disputou 12 jogos e marcou dez gols, segunda melhor marca da competição, empatado com Firmino, também do Liverpool, e atrás apenas de seu adversário Cristiano Ronaldo. Além disso, suas cinco assistências o colocam em terceiro no quesito, atrás apenas de seus companheiros Milner e Firmino.

Cristiano Ronaldo: o desafiado

Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro deu seus primeiros passos no futebol no Andorinha, da Ilha da Madeira, em 1993. Em 1995 foi para o Nacional da Madeira e em 1997 para o Sporting. Cinco anos depois, o português chegou ao Manchester United, onde ficou seis anos e conquistou três vezes o Campeonato Inglês, duas vezes a Copa da Liga Inglesa, duas vezes a Supercopa da Inglaterra, uma vez a Copa da Inglaterra, uma vez a Liga dos Campeões e uma vez o Mundial de Clubes. Além disso, em 2008, foi eleito o melhor jogador do mundo pela primeira vez. No total, marcou 118 gols em 292 jogos pelo clube inglês.

Em 2009, o gajo foi contratado pelo Real Madrid por 94 milhões de euros (R$ 256 milhões na cotação da época) e se tornou o jogador mais caro da história. Na primeira temporada em Madri, foi obrigado a vestir a camisa 9, uma vez que a 7 pertencia a Raul, lenda do clube merengue.

A primeira conquista Liga dos Campeões pelo time merengue veio apenas em 2014, contra o Atlético de Madrid, justamente em Portugal. Em Lisboa, Ronaldo deixou o seu, de pênalti, fechando a vitória por 4 a 1 na prorrogação. Ronaldo terminou na artilharia com 17 gols, bateu o recorde de maior número de gols em uma única edição da Liga e foi eleito o melhor jogador do torneio.

Em 2016, o Real se reafirmou como um dos principais times do mundo, e novamente ergueu a orelhuda, novamente contra o Atlético de Madrid. CR7 terminou mais uma vez na artilharia, com 16 gols, e recebeu o prêmio de melhor jogador da competição. Já na última edição, em 2017, Ronaldo foi novamente essencial à equipe e, com dois gols na vitória por 4 a 1 sobre a Juventus na final, levou o Real Madrid ao seu 12° título. Além disso, o gajo terminou na artilharia da competição com 12 gols, e mais uma vez foi o melhor jogador do torneio.

Em 2017-18, o craque português demorou a engrenar e teve uma temporada abaixo de seu padrão no Campeonato Espanhol, marcando 26 gols, sua segunda pior marca desde que chegou ao futebol espanhol. Além disso, suas cinco assistências são o pior número no quesito pelo Real Madrid.

No entanto, a história vem sendo outra na Liga dos Campeões. Na competição continental, Cristiano disputou 12 jogos e marcou 15 gols, número que já é seu terceiro melhor na carreira. O craque português foi decisivo nas oitavas de final, marcando três gols contra o Paris Saint-Germain, e nas quartas de final, quando anotou mais três gols, inclusive uma pintura de bicicleta. Na final, o português tenta apagar uma semifinal apagada contra o Bayern de Munique e defender o posto de melhor do mundo.

Além disso, caso conquiste mais uma vez a Champions, o luso coloca definitivamente o seu nome no posto de favorito a vencer o prêmio de melhor jogador do mundo na temporada. A conquista, que é uma das grandes obsessões do jogador, seria a sua sexta, e o colocaria novamente à frente de Messi, que tem cinco.

Fonte: Gazeta Esportiva

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui