A Copa do Mundo feminina de 2027, que será disputada no Brasil de 24 de junho a 25 de julho, terá oito cidades-sede. O pedido foi feito pelo governo federal à Fifa para diminuir os custos da operação do megaevento. Das 12 postulantes a receber jogos das 32 seleções, quatro ficarão de fora. Resta saber quais delas. A expectativa é de que o anúncio das escolhidas seja feito pela entidade até o fim de março.
Segundo a secretária-executiva adjunta do Ministério do Esporte, Cynthia Mota Lima, o governo não tem qualquer ingerência no processo de escolha das cidades. Mas sabe que a decisão passará pela menor necessidade de investimentos e obras nos equipamentos esportivos e arredores.
“Pedimos esse número, pois será um custo alto de pessoal para cobrir todas as sedes. A data da escolha será anunciada após a data Fifa (termina na terça-feira)”, afirmou a secretária-executiva. Faltam pouco mais de dois anos para o Mundial. Os estádios que precisarem de investimento grande e obras demoradas não serão escolhidos por não haver tempo hábil.
CONTEÚDO RELACIONADO:
- FPF divulga tabela detalhada das quartas de final do Parazão
- Parazão: ingressos comprados antes da paralisação ainda vão valer?
Em suas visitas ao Brasil, os comissários da Fifa avaliaram todos os estádios concorrentes, indicaram as melhorias a serem feitas e ajustaram as necessidades como a suspensão do uso dos naming rights e dos aluguéis de camarotes durante o período da competição. Além de infraestrutura técnica, hoteleira, transportes e aeroportos de cada local.
CIDADES QUE ESTÃO NA DISPUTA
Todos vivem a expectativa de serem escolhidos. No caderno da candidatura, a CBF enviou o projeto com dez sedes. Inclusive, com a ideia do jogo de abertura e da final serem no Maracanã. Mas, em setembro passado, incluiu mais duas cidades na briga: Belém e Natal.
Estão na disputa Arena da Amazônia (Manaus), Mangueirão (Belém), Arena Fonte Nova (Salvador), Castelão (Fortaleza), Arena das Dunas (Natal), Arena Pernambuco (Recife), Arena Pantanal (Cuiabá), Mané Garrincha (Brasília), Mineirão (Belo Horizonte), Maracanã (Rio de Janeiro), Neo Química Arena (São Paulo) e Beira-Rio (Porto Alegre).
BELÉM VIVE EXPECTATIVA DO ANÚNCIO
Destas, apenas o Mangueirão, recém-reinaugurado, não fez parte do Mundial de 2014. Todos os demais foram construídos ou reformados para a Copa do Mundo do Brasil já nos moldes do padrão Fifa. Porém, a candidatura conta com a força política da família Barbalho, que governa o Pará (Helder) e comanda o Ministério das Cidades (Jader Filho). Era de lá, inclusive, o atual diretor executivo da CBF, Helder Melillo. Ele deixou a secretária- executiva do ministério para assumir o cargo na entidade.
O estádio de Belém compete diretamente com a Arena da Amazônia e Arena das Dunas. Com apenas oito sedes, é possível que outras concorrentes do Norte e Nordeste fiquem fora da escolha final.