A expectativa em torno de mandar jogos na Ilha do Urubu era grande por parte da diretoria do Flamengo. A capacidade de 20 mil lugares era visto como num problema para uma torcida tão grande. Porém, em pouco tempo a euforia foi dando lugar à decepção e a média de público nos 13 jogos disputados até aqui no estádio, localizado na Ilha do Governador, bairro do Rio de Janeiro, foi de 11.973 torcedores. Ou seja, um pouco mais do que a metade do que comporta o estádio.
Agora, a diretoria estuda os motivos que levaram a esses números para que eles mudem a partir de 2018. O fato de a Ilha do Urubu não ter caído no gosto do torcedor não é trabalhada como primeira hipótese, mesmo com os flamenguistas, nas redes sociais, cobrando novos palcos, demonstrando saudosismo em relação ao Maracanã e reclamando de problemas de acessos à nova casa do Rubro-Negro.
O preço dos ingressos também é um fator que tem sido atacado. O mais barato até aqui foi cobrado no jogo contra o Palestino, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. O valor de R$ 35, porém, se tornou atraente apenas para 5.170 torcedores, que registraram o menor público do estádio até aqui. Pelo Brasileirão, o choque contra o Atlético-GO, triunfo por 2 a 0, registrou outra decepção: 5.969 pagantes.
O maior público foi na derrota de 1 a 0 para o Grêmio, quando 16.960 torcedores foram ao estádio. Diante da Chapecoense, na quarta-feira, o público de 10.600 flamenguistas foi considerado decepcionante para a diretoria, que planeja a redução de valores para 2018.
Os dirigentes, em reuniões internas, ainda citam outros problemas como fatores que possam contribuir para esse público baixo, como o pouco interesse em alguns jogos e a violência que está com altos índices na capital carioca. Mas os estudos realizados pela diretoria até aqui indicam que o preço do ingresso deve ser mesmo o primeiro ponto a ser atacado.
Além de melhorar o público na Ilha do Urubu, o Flamengo segue trabalhando com a possibilidade de encontrar outros lugares. A assinatura de um termo de intenção para a construção de um estádio na região de Manguinhos, área central da cidade, não chegou a empolgar, pois a região é considerada violenta. O Maracanã está longe de ser um local atraente por conta dos custos. O clube ainda vem tentando uma aproximação com o Botafogo para voltar a utilizar o Estádio Nilton Santos. As duas diretorias são brigadas, mas existem interlocutores buscando um clima de paz.
Dentro de campo o elenco participou de um trabalho regenerativo e nesta sexta-feira acontece a única atividade antes do jogo contra o Avaí, neste sábado, às 19h30 (de Brasília), novamente na Ilha do Urubu, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após o treino, o plantel inicia o período de concentração.
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Fonte: Gazeta Esportiva