Físico impõe escolhas no Leão

Ao falar, em entrevista por videoconferência, o técnico do Remo, Mazola Junior, deixou claro ontem que vai formatar o time para a reestreia no campeonato a partir do critério físico. Mais do que a questão técnica, vai pesar a capacidade de resistência e velocidade para encarar os jogos da retomada, após a longa quarentena pela covid-19.

Para a partida contra o Águia, domingo à tarde, no estádio Evandro Almeida, o Remo terá mudanças e inovações em relação ao time que participou das oito primeiras rodadas da competição. A boa avaliação do elenco nos treinamentos iniciados a 1º de julho só terá consequência prática se os jogadores mostrarem facilidade para driblar a falta de ritmo.

Mazola arrisca o prognóstico de o Remo voltará muito melhor após a parada, iniciada em 15 de março, mesmo levando em conta as dificuldades naturais de readaptação ao próprio jogo e às respostas de cada um ao longo período de hibernação.

Como o técnico elegeu a forma física como base para a montagem da equipe, os jogadores que estão treinando desde a primeira semana de preparação têm mais chances de ganhar a titularidade, o que não deve impedir que a escalação tenha três ou quatro novidades – como Everton, Dudu Mandai, Julio Rusch e Zé Carlos.

Mazola deixa claro que o sistema não se altera: linha defensiva de quatro, quatro no meio e dois na frente. Por óbvio, o desenho tático pode ter múltiplas variações ao longo da partida.


Sobre o propalado excesso de volantes e defensores, o técnico é curto e grosso: o elenco azulino tem 20 jogadores de linha, segundo ele. Observou que volantes voltaram a ser vistos como médios, como a Europa já denomina a função há tempos. Certíssimo, desde que a distribuição em campo seja realmente moderna e voltada para a multiplicidade de tarefas.

Reafirmou a estratégia de formar um grupo competitivo e experiente, focado no Brasileiro da Série C, sem perder de vista a ambição pelo tricampeonato estadual. Um time mais cascudo, advoga Mazola, sente menos a pressão do torcedor, além de ter lastro na busca pelo acesso.

No arremate, Mazola disse que nos poucos meses de Baenão já conseguiu reverter o desgaste gerado por pequenas crises que vinham de fora para dentro. Comemorou o clima positivo e alto astral vivido hoje no clube, com todos voltados para objetivos práticos.

Direto do blog campeão

O Remo deveria fazer uma enquete na internet para a torcida votar nos maiores ídolos do clube. Seriam então escolhidos 50, criando totens com as fotos desses jogadores. Daí cobraria R$ 100,00 no totem para aqueles que desejassem aparecer ao lado do ídolo. Homenagearia os ídolos, teria lucro e serviria para divulgar ainda mais a campanha. Eu pagaria R$ 100,00 para ter minha foto ao lado de nomes como Agnaldo, Arthur, Robinho, Biro Biro, Belterra, Luciano Viana, Bira, Mesquita ou Alcindo”.

Luiz Henrique, remista de Castanhal

Papão promove bilhetes com camisa autografada por ídolo

O PSC encontrou uma maneira inteligente de badalar a venda de ingressos virtuais para a partida contra o Paragominas, no sábado à noite, pelo Parazão. Vinculou a venda de bilhetes a uma camisa que terá o autógrafo do ídolo Nicolas. O jogo será de portões e o clube quer arrecadar uma quantia que atenue as dificuldades financeiras causas pela pandemia.

Com o Projeto Jogue Junto, os bilhetes têm valores que vão de R$ 5,00 a R$ 100,00. Podem ser comprados no site do clube e os torcedores concorrem a uma camisa oficial autografada por Nicolas. Quanto mais ingressos comprados, maior é a chance de conquistar a premiação especial.

Uma parte do valor arrecadado com a promoção será revertida para a Organização dos Ribeirinhos Vítimas de Acidente de Motor (Orvam), que luta contra o escalpelamento em barcos que fazem a navegação fluvial, problema que aflige principalmente mulheres do interior paraense.

Balão de couro teve papel decisivo na primeira Copa

Um prosaico problema envolvendo a bola do jogo pode ter sido o ponto de desequilíbrio na decisão da primeira Copa do Mundo, há 90 anos, entre Uruguai e Argentina. No dia 30 de julho de 1930, no estádio Centenário (Montevidéu), cada tempo foi disputado com uma bola diferente. O balão de couro portenho foi usado inicialmente, dando vantagem aos argentinos. Na etapa final, com bola uruguaia, os mandantes viraram o placar e levantaram o caneco.

Capitaneado pelo beque José Nasazzi, o Uruguai marcou 4 a 2, confirmando a tradição vitoriosa da geração que havia sido campeã dos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928. Apenas 13 países toparam participar do primeiro mundial da história, evento que teve em Jules Rimet figura fundamental para sua realização.

Rimet definiu a realização da Copa a cada quatro anos, com participação de representantes de todos os continentes. Prejudicada por um racha entre paulistas e cariocas, a Seleção Brasileira ainda não tinha peso internacional e estreou com derrota para a Iugoslávia, por 2 a 1. No segundo jogo, goleou a Bolívia por 4 a 0, mas o resultado não garantiu o avanço às semifinais.

O regulamento da época premiava a vitória com dois pontos. Avançaram para as semifinais Uruguai, Argentina, Estados Unidos e Iugoslávia. Uruguaios e argentinos surraram iugoslavos e americanos pelo mesmo placar, 6 a 1. Na finalíssima, a Celeste Olímpica prevaleceu.

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