Quando subiu para o gramado do estádio Batistão, em Aracaju, na última segunda-feira (5), o Remo vinha cheio de desfalques por lesão. O técnico Josué Teixeira mais uma vez se valeu dos chamados “meninos da base”, com jogadores formados no clube assumindo o posto de jogadores vindos de outros centros. Ao final dos 90 minutos, a vitória estava concretizada com o brilho de jogadores experientes, como Eduardo Ramos e Edgar, mas também contou com a participação decisiva dos “garotos” Igor João e Tsunami. A dupla foi decisiva formando um verdadeiro ferrolho em frente à grande área e desarmando os ataques adversários. Ao final do jogo, a dupla não fugiu aos microfones e bradou em bom som – “chega de ser tratado como garoto, aqui somos todos homens”.
“Na verdade é uma situação que eu acho que tem que começar a ser deixada de lado. Eu não sou menino, sou um jogador de 24 anos de idade e que já tem uma experiência em clubes locais e nacionais”, disse Igor João.
O defensor azulino afirmou que a vitória não foi fácil, mas que o time mostrou personalidade. Igor esbaldou ainda personalidade ao comentar a sua situação atual no elenco. “Com todo respeito aos meus colegas que não puderam jogar, mas também não aceito a ideia de ser só um complemento no elenco. Estou treinando forte e vou brigar para ser titular como já fui antes”, diz.
CURINGA
Tsunami começou o jogo na cabeça de área e terminou como zagueiro, após a lesão de Henrique. Com a saída do jogador, o atleta também mostrou personalidade ao assumir a braçadeira de capitão. “Acho que não tem essa coisa de idade, sinceramente. Sempre fui capitão na base, e venho há muito tempo treinando entre os profissionais. Quando o Henrique saiu, eu senti o impulso e pedi a braçadeira pra mim. Meus colegas entenderam e acho que fiz um bom papel. Foi um jogo difícil, mas mostramos o que precisávamos na liderança do time”, comentou, sem falsa modéstia, o polivalente atleta azulino.
(Taion Almeida/Diário do Pará)