As atuações irregulares do Clube do Remo na temporada não vêm incomodando somente aos torcedores. Mesmo que discretamente, o departamento de futebol também demonstra insatisfação com a improdutividade do grupo e, por isso, procura soluções para tal desequilíbrio em campo. Embora o desejo fosse manter o número atual de profissionais no plantel até o começo da Série C, entretanto, os diretores estão de olho no mercado para suprir as necessidades da equipe.

Milton Campos, um dos responsáveis pelo futebol, que tinha adiantado a busca por uma peça de reposição no setor defensivo, destacou também a sondagem por outras duas posições destinadas ao meio-campo.

A contratação de um zagueiro é para ocupar a vaga de Alex Moraes, que deixou o clube no mês passado, após de ter sido liberado para defender agremiação da Malásia. As restantes, porém, é para reforçar o miolo central, que vem sendo a zona mais instável dos azulinos. Desse modo, um volante e um armador estão na mira da equipe e podem ser anunciados a qualquer momento.

“O Remo está sim de olho no mercado. O nosso meio de campo ainda não deu uma resposta boa para nosso técnico. Estamos trabalhando com uma ou duas peças para a área. Um jogador mais de defesa e outro de ataque. Ainda podemos contratar e as coisas podem terminar com contratações. Mas para não atrapalhar, tudo vai ser noticiado pelo clube”, explicou Milton Campos.


SEM SINTONIA

A procura por jogadores da função, principalmente no setor de criação, retrata bem a falta de sintonia exibida. No jogo contra o Manaus-AM, em Belém, Ney da Matta improvisou Jefferson Recife, lateral de origem, no cargo. De acordo com o treinador, uma hora o time terá que contratar. “Enquanto não encerrarem as inscrições, ficam abertas as contratações. Se pintar um jogador que a gente conheça e que encaixe no perfil nosso, vai ser bem-vindo. É possível que venha novos atletas antes, mas isso é algo muito interno”, disse.

Atletas queimados ainda estão queimados…

Reintegrados ao grupo do Remo após um “puxão de orelha” do departamento de futebol, além de multados em 20% nos seus salários, a situação dos jogadores Martony e Andrey, no entanto, ainda é bem delicada. Prova disso foi a não inclusão dos atletas na lista de relacionados para as duas últimas partidas do Clube do Remo, diante do Atlético-ES e Manaus-AM.

A presença dos profissionais para a partida de amanhã, frente ao Bragantino, pelo Estadual, não é certa. Desse modo, a incerteza da utilização dos jogadores motiva a chegada de novas peças para os setores.

Para o lateral Jefferson Recife, que é uma das alternativas no setor de criação, o time tem que se ajustar com o que possui, que, ao seu modo de ver, é um bom material humano. “Não podemos abaixar a cabeça. O professor Ney da Matta conta com um time muito inteligente, qualificado nas mãos. Estou pronto para ajudar o time e acredito que todos os meus companheiros de equipe também. Uma hora as coisas vão se acertar e o nosso trabalho vai fluir de acordo como queremos”, esclareceu o atleta.

Equilíbrio

De acordo com o auxiliar técnico e filho de Ney da Matta, Paulo Muniz, a situação não afeta o clube em termos táticos. “Tudo que está sendo feito é em melhoria para o clube. O objetivo primário é o Remo. Está havendo cuidado com tudo, pois queremos o melhor para a nossa equipe. precisamos restabelecer e firmar um equilíbrio no conjunto, que é o que ainda está faltando para nós”, explicou o profissional.

(Matheus Miranda)

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