Apesar de estar nas semifinais do Campeonato Paraense, o treinador do Clube do Remo, Marcelo Cabo, criticou o desempenho da equipe na vitória por 2 a 1 sobre o Caeté, na partida de volta das quartas de final da competição, na noite da última terça-feira (18), no Novo Mangueirão. O comandante azulino lembrou que para conquistar a vaga na final, o time azulino vai precisar entrar em campo alerta diante do Cametá, jogando mais do que jogou contra o Guerreiro Cateuara.
Os remistas abriram o placar logo no primeiro minuto, mas viram o Caeté empatar a partida em 1 a 1 e ainda se complicaram com a expulsão do meia Pablo Roberto no final do primeiro tempo. Na volta do intervalo, conseguiram marcar o segundo gol. No entanto, só não sofreram o empate em 2 a 2 nos acréscimos graças à defesa do goleiro Vinícius no pênalti cobrado por Keoma.
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“Começamos o jogo muito bem, fizemos um gol logo no início. Temos o controle do jogo, poderíamos ter ampliado. Perdemos um pouco da concentração depois de 10, 15 minutos. Às vezes o gol no início te faz bem e outras vezes não te faz, porque no inconsciente do jogador parece que o jogo está mais controlado do que realmente está. Eu respeito muito a bola. Eles empatam o jogo, logo em seguida temos um jogador expulso. E aí o jogo muda de cenário”, analisou Marcelo Cabo, que fez questão de elogiar a atuação individual de Vinícius.
“Vamos pro intervalo empatando com um jogador a menos. Tive que dar uma repaginada na equipe, criar uma outra plataforma de jogo para levar essa classificação. O Vinícius faz uma intervenção logo no início do segundo tempo. Por isso um bom time começa com um bom goleiro”, destacou.
Segundo o treinador, o desempenho do Leão Azul nos 180 minutos da semifinal contra o Caeté acabou sendo positivo, como demonstra o placar agregado dos dois jogos. Apesar disso, ele observou mais uma vez que o time “não agradou” no compromisso da última terça.
“Se falar de resultado, os dois foram bons. Fizemos um placar agregado de 6 a 3, só acho que tomamos muitos gols. Três gols não me deixam nada satisfeito, mas resultados bons nos dois jogos, performance melhor. Até pelo contexto do jogo, pois jogamos mais de 60 minutos com um homem a menos. Fazer uma quarta de final 6 a 3, é completamente favorável, mas as circunstâncias do jogo num todo não me agradou”.
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ARBITRAGEM CONFUSA
Outro ponto negativo apontado por Marcelo Cabo, na partida da última terça-feira, foi a atuação da arbitragem. Segundo o treinador, o árbitro Gustavo Ramos Melo não demonstrou um critério claro na distribuição dos cartões durante o compromisso. A principal reclamação, como já era esperado, diz respeito à expulsão de Pablo Roberto, após ter recebido dois cartões amarelos no primeiro tempo.
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“Quero entender os critérios dos cartões. Não vou contestar a expulsão do Pablo, porque é critério. Ele poderia achar que foi uma disputa de bola. Ele achou que o Pablo atingiu, mas aí o Fabinho driblou o zagueiro, ia na direção do gol e o zagueiro parou a jogada. Ele chegou a colocar a mão no bolso e tirou. Não pode ter dois pesos e duas medidas. Achei uma arbitragem confusa”, avaliou.
O treinador também disse ter notado uma clara atitude hostil do árbitro em relação aos jogadores remistas. “Tecnicamente, ele foi muito confuso no jogo. Pressionando meus jogadores dentro de campo, dizendo pra baixar a bola. Isso ninguém me disse, eu ouvi. Estou falando aqui porque eu sou homem, eu assumo o que eu falo. Até hoje, a arbitragem havia sido muito boa nos meus jogos. Erros e acertos acontecem, mas hoje vi uma arbitragem muito confusa”, criticou.
“Imagine se perdêssemos a classificação? Não está no nosso planejamento. Com todo o respeito ao Caeté, que fez um grande jogo, lutou até o final. Espero que o nosso árbitro esteve apenas em uma noite infeliz e que ele melhore na sequência da competição”, enfatizou.
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