Parecia tudo certo. Representantes da CBF voltaram da Europa convictos de que, enfim, a novela Carlo Ancelotti teria um final feliz para a seleção brasileira, mas, como em qualquer boa trama, houve uma reviravolta no último capítulo. O italiano voltou atrás e recusou, novamente, o convite para assumir a Seleção. O motivo? Uma proposta milionária vinda do futebol saudita.
De acordo com os jornais espanhóis Marca e AS, o italiano optou por ouvir uma oferta de um clube da Arábia Saudita, cujo nome ainda não foi revelado, que estaria disposto a pagar cerca de 50 milhões de euros anuais, algo próximo de R$ 321 milhões.
Conteúdo Relacionado
- Ancelotti diz a time que deixará Real; CBF aguarda reunião
- Coronel Nunes recebeu mais de R$ 3,5 milhões da CBF, diz portal Leo Dias
- CBF adia decisão sobre nova camisa da Seleção da Copa 2026
O valor é significativamente superior aos 8 milhões de euros por ano, ou R$ 50 milhões, oferecidos pela CBF, com base nas negociações iniciadas ainda em 2023.
Além do impacto financeiro, o cronograma de Ancelotti também pesou contra. A CBF queria o treinador já em maio, com a expectativa de que ele estivesse à frente da equipe na próxima Data Fifa, entre os dias 2 e 10 de junho.
A convocação para os jogos contra Equador e Paraguai estava prevista para 26 de maio, com Ancelotti à frente. Porém, o ainda técnico do Real Madrid deixou claro que só poderia assumir qualquer novo compromisso após o Mundial de Clubes da Fifa, que acontece entre junho e julho.
Ancelotti chegou a se reunir pessoalmente, em Londres, com empresários brasileiros que intermediavam as conversas com a CBF. Segundo o Marca, ele mesmo telefonou ao presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, para agradecer o interesse e comunicar a decisão de recuar do acerto.
Com contrato com o Real Madrid até 2026, sua permanência no clube merengue é considerada improvável após uma temporada marcada por oscilações. O nome de Xabi Alonso, do Bayer Leverkusen, já surge como favorito para assumir o comando em Madri.
Com o novo “não” do italiano, a CBF retoma o plano B. Jorge Jesus, atualmente no Al-Hilal, é o nome que permanece no radar. O português já demonstrou interesse no cargo e mantém boa relação com dirigentes brasileiros.
Quer saber mais de esporte? Acesse o nosso canal no WhatsApp
A dificuldade, porém, é similar à enfrentada com Ancelotti: o clube saudita também disputará o Mundial de Clubes e sua liberação imediata está longe de ser garantida. O desfecho inesperado mostra que, no futebol, nem tudo que parece certo se concretiza. E a busca por um novo comandante para a Seleção continua.