Não foi o início esperado para o Clube do Remo na Série C do Campeonato Brasileiro. Somado à derrota na estreia fora de casa, contra o São Bernardo-SP, por 3 a 1, o revés sofrido no último domingo (7), diante do Bortafogo-PB (2 a 1), no Mangueirão, acabou por abalar as expectativas da torcida azulina em relação ao acesso à Série B de 2024.

Após um começo de temporada animador, com os 100% de aproveitamento no Parazão e a vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, no jogo de ida pela 3ª fase da Copa do Brail, o “Fenômeno Azul” e a própria crônica esportiva paraense acreditava em um Leão Azul brigando por uma vaga no G8, que garante vaga em um dos quadrangulares que definirão quem sobe para a Segundona.

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Essa expectativa ficou ainda maior depois da goleada por 4 a 0 sobre o Cametá, na partida de volta das semifinais do Campeonato Paraense. No entanto, uma semana depois da classificação para a final do certame estadual, os jogadores e o técnico Marcelo Cabo parecem ter perdido o caminho.

MARCAÇÃO ALTA E INOPERÂNCIA OFENSIVA


No duelo da última quinta-feira (4), o São Bernardo dominou o confronto do início ao fim. Repetindo uma de suas principais características, que é a pressão alta na marcação, a equipe paulista não teve dificuldade para controlar o jogo e sufocar a defesa azulina, que não conseguia sair jogando. Nem mesmo Pablo Roberto, principal jogador da equipe, conseguiu repetir as boas atuações anteriores.

Em termos táticos, Marcelo Cabo encontrou um dos fatores que mais lhe trouxe dificuldades em 2023: um adversário com marcação alta. O Remo é uma equipe que gosta de construir os contra-ataques desde o campo de defesa, com a participação dos laterais e de um meio-campista, e, rapidamente, chegar ao campo de ataque para tentar marcar.

O técnico Márcio Zanardi, portanto, travou justamente um dos mecanismos mais utilizados pelo Leão Azul em sua criação. No entanto, o problema é que Marcelo Cabo não conseguiu encontrar uma alternativa para surpreender a marcação adversária, como explorar os lançamentos nas costas dos volantes e zagueiros paulistas, que jogavam adiantados. 

SEM SAÍDA PELAS LATERAIS

O cenário  foi o mesmo na derrota do último domingo, quando o Botafogo-PB repetiu a estratégia  do time paulista, usando uma pressão alta nos laterais durante, praticamente, todo o primeiro tempo.

Lucas Mendes e, principalmente Kevin, aceitaram passivamente esta situação e não conseguiram sair da armadilha montada pelo técnico Felipe Surian. Desta forma, o Remo poucas vezes conseguiu chegar à segunda metade do gramado – e, quando o fez, não deu continuidade às jogadas.

Embora tenha melhorado no segundo tempo, quando manteve a posse de bola na maior parte do tempo, o Remo teve enorme dificuldade para se aproximar da grande área paraibana e, quando o fez, não mostrou objetividade para converter em gols as jogadas mais perigosas.

Nesse sentido, a presença de um inoperante Gustavo Bochecha no meio-campo dificultou ainda mais os esforços azulinos. A escalação do estreante, aliás, ainda carece de uma explicação levando em conta o baixíssimo nível do futebol apresentado.

ERROS NA ESCALAÇÃO E NAS SUBSTITUIÇÕES

Na segunda etapa da partida, Marcelo Cabo fez tudo errado. As mudanças processadas não ajudaram em nada, e ainda aumentaram os inconvenientes. Álvaro entrou no lugar de Richard Franco, Ronald no lugar de Jean Silva e Fabinho no posto de Bochecha, nenhum dos três conseguiu se firmar na partida. Diego Tavares e Leonam, que entraram nas vagas de Ícaro e Kevin, também não fizeram grande diferença.

FALTA DE GARRA DENTRO DE CAMPO

O Remo foi merecidamente derrotado dentro de campo, pois como na partida anterior, há jogadores que não parecem entender a competição que estão disputando, uma vez que a Terceirona exige muito mais transpiração do que inspiração.

Assim, o Leão Azul perdeu três pontos importantíssimos para decolar após os revés na estreia. Agora, terá de enfrentar o sempre complicado Amazonas-AM, novamente jogando em casa, no próximo domingo (14), às 16h30, no Baenão.

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