A boa estreia do PSC na segunda fase da Série C permitiu que a torcida prestasse atenção em um jogador quase sempre esquecido na citação dos destaques do time. O lateral-direito Tony converteu o pênalti, aos 48 minutos do 1º tempo, que garantiu a vitória sobre o Ypiranga-RS. Não foi um gol qualquer. Foi o primeiro dele com a camisa alviceleste (agora preta também) depois de duas temporadas e 53 jogos defendendo o clube.

Com a liderança alcançada, o PSC terá mais segurança para encarar os próximos jogos, igualmente duros, do grupo D da competição. As declarações protocolares de Tony ao final da partida, ressaltando que nada foi conquistado ainda, quase esconde a realização pessoal de um jogador que frequentou várias vezes a lista de dispensáveis.

Titular na Série C 2019, sofreu com críticas à irregularidade e a erros pontuais. O próprio Hélio dos Anjos, no final do ano, não o incluía entre as prioridades para permanência no elenco. Por pura insistência, ou persistência, Tony foi vencendo os obstáculos.

Comprovou utilidade, principalmente diante da carência natural da posição. No elenco, é o único lateral direito de ofício. Seu substituto eventual é o improvisado volante Wylliam.

A diretoria de Futebol buscou opções, mas só conseguiu trazer Netinho, um lateral que quase não teve oportunidades, pois um dos méritos de Tony é a regularidade. Participa de todos os jogos, raramente se lesiona.

Nem deu para saber se Netinho era um bom lateral. Entrou em campo somente duas ou três vezes. Em seu melhor momento, fez o gol do título estadual sobre o Remo. Mas, talvez ciente da dificuldade de desbancar Tony, acabou batendo em retirada.

João Brigatti chegou com o campeonato em andamento. Teve o cuidado de não mexer na formação básica. Preservou as peças que tinham mais tempo como titulares. Tony se manteve na equipe, ganhou confiança e hoje é peça importante nas articulações com Nicolas e Vítor Feijão, recém-chegado.


Contra um adversário duro na marcação, fiel ao estilo gaúcho de jogar, Tony se saiu bem, cuidando mais da defesa do que se aventurando na frente, mas participando intensamente da luta pela posse da bola.

O entrosamento com os companheiros é um dos trunfos do lateral de 31 anos, que sabe exatamente o momento de avançar ou quando é necessário guarnecer o setor defensivo, como contra o Ypiranga. Essa funcionalidade explica a longa permanência no time.

Seleção cheia de pontos de interrogação

Lev Yashin; Cafu, Franz Beckenbauer e Paolo Maldini; Xavi Hernández, Lothar Matthaus, Diego Armando Maradona e Pelé; Lionel Messi, Ronaldo Nazário e Cristiano Ronaldo. A seleção montada a partir de consulta a 140 jornalistas do mundo todo, para o prêmio Bola de Ouro Dream Team, da revista France Football, está fadada a ter o mesmo destino de toda lista em cima de escolhas de épocas diferentes: questionamentos de todos os lados.

Pelé, Maradona, Beckenbauer, Messi, Ronaldo e CR7 são, mais que unanimidades, obviedades. Seria esquisito se não estivessem na relação dos melhores do mundo, segundo a ambiciosa promoção da revista francesa.

O Brasil, pentacampeão mundial de futebol, pontifica com três nomes. Quanto a Pelé e Ronaldo não há o que discutir, mas Cafu não está na lista nem dos melhores do futebol brasileiro. Sua aparição na lista é tão esdrúxula quando as de Paolo Maldini, Xavi e Matthaus. Nilton Santos, Cruyff e Rivellino seriam nomes mais palatáveis.

Na vaga dada ao esforçado Cafu, caberiam com mais justiça outros estupendos laterais brasileiros. Carlos Alberto Torres, Djalma Santos, Nelinho e Leandro jogaram muito mais que Cafu, um lateral comum. Empenhado e diligente, mas jamais um craque da posição.

O troféu Bola de Ouro especial foi criado diante da impossibilidade de realização do evento anual. A revista fez questão de justificar a escolha de Cafu, atribuindo a ele méritos pela “sólida marcação defensiva”.

Ronaldo foi um dos mais votados. Prova de que jamais foi esquecido pela fulgurante carreira e a mais brilhante recuperação de um astro no futebol moderno. É dono, com todos os méritos, da camisa 9 dessa equipe estelar.

Como não votei na lista da France Football, escalo aqui a minha seleção de todos os tempos: Sepp Maier; Carlos Alberto, Beckenbauer e Nilton Santos; Cruyff, Rivellino, Maradona e Pelé; Messi, Ronaldo e Cristiano.

Jornalistas sempre na luta em defesa da democracia

O que parece um ato falho, pois profissionais de comunicação deveriam ser naturalmente defensores das liberdades democráticas, é na verdade uma diferenciação necessária nestes tempos obscuros. O jornalismo foi assolado pela cultura do ódio, das fake news e da intolerância. Por isso, no caso específico do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Pará, a eleição desta terça-feira (15) representa um divisor de águas.

A Chapa 2/Sempre na Luta é a via de valorização da entidade como referência (e resistência) democrática. Jovens e experientes profissionais compõem a chapa, que conta também com o firme engajamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Lugar de jornalista neste dia histórico é votando na Chapa 2, encabeçada por Vito Gemaque. É a única alternativa para impedir que o Sinjor-PA caia em mãos erradas. Não é hora de dúvidas ou hesitações.

Adeus a um velho amigo

Dedico a coluna a um grande amigo que partiu ontem. Fernando Velasco, pessoa doce, agregadora, de fino trato, com quem tive o prazer de conviver enquanto ele presidiu o Iterpa e eu era assessor de imprensa.

Foi executor da maior política de titulação de terras do Pará, durante o governo Jader Barbalho. Um boa-praça, alma de criança e coração imenso. Que descanse em paz.

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