Depois de quatro meses longe dos gramados, na semana passada o Clube do Remo retornou com as atividades no futebol profissional, na sua estreia pelo Campeonato Paraense deste ano. Embora a equipe tenha saído vencedora por 3 a 0 sobre o Bragantino, no Mangueirão, a condição do piso da praça esportiva foi alvo de críticas. Contudo, o que mais chamou atenção no episódio foi o gasto que a agremiação teve para utilizar o espaço como mandante: mais de R$ 100 mil. Isso fica claro que a utilização do Mangueirão está cada vez mais inviável. A alternativa para esse caso seria a volta para o Baenão. No entanto, apesar dos avanços nas obras de restauração, o Leão não deve atuar tão cedo em seus domínios.

Hoje, por exemplo, o alçapão azulino não tem uma data especifica para reabertura. De imediato, o que impede o time profissional em sediar os jogos no Evandro Almeida é a situação da arquibancada da avenida Almirante Barroso que, por agregar nas suas dependências as salas de arbitragem e segurança, assim como os procedimentos de implantação do novo gramado.


Apesar do grupo de torcedores responsável pelo projeto Retorno do Rei continuar empenhado com a causa, o clube precisa de outro suporte para acelerar as obras. Para Marcos Lobato, diretor de estádio, isso já está sendo revisto. “Já foram realizadas algumas conversas para investimento das obras. Mas isso é algo muito delicado. Pode ser que daqui para o final do mês ou no próximo aconteça algo positivo que nos dê uma margem menor para entrega. Não queremos estipular uma data, até para não iludir o torcedor. Mas estamos fazendo tudo com seriedade e priorizando a qualidade nos serviços”, explicou o dirigente.

Enquanto isso, o Mangueirão é a única opção da agremiação na capital, para sediar jogos. Mas uma opção de certa forma incômoda. Somente na primeira fase do Estadual, o Leão terá R$ 400 mil em despesas na praça esportiva, sendo R$ 32 mil apenas com aluguel. Só para se ter uma ideia, foram gastos R$ 230 mil para a restauração do tobogã da 25, ou seja, menos da metade desses gastos. “Sabemos que o time precisa muito do estádio, mas estamos trabalhando, dando o nosso melhor para que as coisas aconteçam e que não venham mais falhar”, disse Marcos Lobato.

(Matheus Miranda / Diário do Pará)

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