No aniversário de 100 anos da Curuzu como propriedade do clube, o Paysandu, que tem em seu estádio uma espécie de “alçapão” para aprisionar seus adversários, recebe hoje o Figueirense-SC, pela 18ª rodada da Série B do Brasileiro. Uma ótima oportunidade para o Papão dar um grande presente à sua torcida, que faz do local a sua segunda casa.

Vencendo, a equipe bicolor chegará ao seu segundo triunfo seguido no campeonato sob o comando do técnico Guilherme Alves, que estreou com o empate com sabor de vitória (2 a 2) frente ao Oeste-SP, fora de Belém.

O Papão vai a campo disposto a dar sequência à recuperação na competição. O time, por enquanto, ainda não pode sonhar com o G4. Os bicolores estão na 13ª colocação, com 21 pontos, distante seis pontos do último colocado do “pelotão” de frente, o Avaí-SC, que soma 27. O visitante, por sua vez, vem a Belém em situação bem mais confortável. O Figueira, como é apelidado, está na 3ª colocação, com 28 pontos, e brigará não só para se manter no grupo privilegiado, mas até melhorar de colocação na classificação.

Embora as equipes apresentem situações diversas no “retrato” da pontuação, ambas convivem com momento favorável dentro da disputa. Nos dois últimos jogos que fez, o Papão obteve o empate frente ao Oeste e, em casa, derrotou o Guarani, colocando fim a um tabu de oito partidas sem vitória. O último resultado, acompanhado na Curuzu por poucos torcedores, pode ter servido como fator de motivação para a Fiel lotar o estádio.


A pífia campanha do time nas últimas rodadas da Série B, exceção à última, fez com que o torcedor acabasse deixando de ir ao estádio. Hoje, no entanto, o otimismo da Fiel é grande, levando em conta o último resultado obtido pela equipe.

CURUZU CENTENÁRIA

Embora a Curuzu tenha sido aberta ao público em 1914, somente em julho de 1918, mais exatamente no dia 27 daquele mês, o Papão anunciou a compra do imóvel, cuja divulgação foi feita ao público pelos jornais da época no dia 1º de agosto daquele ano. Por sua longevidade, o estádio que pertencia a uma empresa comercial antes de passar aos bicolores, passou a ser apelidado de “Vovô da Cidade”.

Está tudo em paz entre a torcida e o time

Se na véspera do jogo contra o Oeste-SP, quando voltou a ter acesso à Curuzu, por decisão do técnico Guilherme Alves, os protestos dos torcedores na Curuzu foram diminutos, ontem, – depois de o time ter arrancado um empate diante do time de Barueri e a vitória em casa frente ao Guarani-SP –, o clima foi de total harmonia, no treino de portões abertos ao público.

A atividade teve início às 18 horas, visto que o Figueirense treinou mais cedo no local. Antes mesmo da abertura dos portões, alguns torcedores já se faziam presentes nas imediações do “Vovô da Cidade”.

A empolgação era tanta que até uma charanga foi levada para motivar os torcedores. O público ocupou o setor de cadeiras, como da vez anterior, evitando o forte sol da tarde. Só que a quantidade de simpatizantes foi bem maior que da primeira vez. Sinal de que o torcedor parece mesmo estar voltando a confiar no trabalho de Alves e na recuperação do grupo de jogadores.

Esse apoio, como bem lembrou o goleiro Renan Rocha não deve ficar restrito aos treinos do time. “Com eles ao nosso lado, como foi contra o Guarani, as possibilidades de vitória são maiores”, apontou.

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(Nildo Lima/Diário do Pará)

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