Depois de pouco ter participado do empate em 1 a 1 com a Suíça, Gabriel Jesus surgiu como um dos candidatos a saírem da equipe titular da Seleção Brasileira. Mesmo com essa situação, o Jardim Peri – bairro onde o camisa 9 foi criado – mostrou confiança no talento de sua maior revelação e, aos poucos, timidamente, os torcedores foram chegando no Bar da Gisele, um dos pontos de concentração na comunidade, para assistir a vitória por 2 a 0 sobre a Costa Rica.

“Isso não vai acontecer. Ele não vai sair (do time). Ele vai marcar dois gols hoje”, previu a dona do bar, que era frequentado pelo jogador do Manchester City em sua infância antes do apito inicial. “Dá aquela ansiedade, aquele friozinho no coração, mas vai dar tudo certo”.

Com a partida já em andamento, as pessoas foram chegando no bar com bandeiras e camisas com a imagem de Gabriel Jesus. A rua personalizada com representações da Copa do Mundo da Rússia e uma pintura do atleta de 21 anos ficou vazia e deu lugar a algumas crianças, que brincavam e jogavam futebol, enquanto os adultos estavam focados no jogo.

O público estava contido e viveu o momento mais tenso quando o centroavante de Tite balançou as redes, entretanto o juiz anulou o lance por impedimento. Nesse momento, uma prima do craque passou, viu o replay na televisão rapidamente e seguiu seu caminho para pegar um ônibus. Apesar do revés, a torcida incentivava a cria do Jardim Peri com gritos de “vai, vai” e se mostrou mais animada após a jogada.


No intervalo, a Gazeta Esportiva se deslocou para encontrar o Seu Luiz, tio do Tetinha, como o atleta do City é conhecido no bairro. Alan, filho de Antônio Luiz, foi quem indicou onde encontrar o seu pai e analisou rapidamente o desempenho de Gabriel Jesus. “A bola não chega nada”, disse antes de comentar como Neymar estava atuando. “Meia-boca, meia-boca”.

O encontro foi no Bar do Marcelinho, cerca de cinco minutos do Bar da Gisele. Os presentes passaram a dar status de celebridade para o parente do camisa 9. Seu Luiz olhava a TV de forma muito calma, trocando apenas algumas palavras com quem estava ao seu redor e fumando um cigarro.

O bom começo da Seleção Brasileira animou os presentes, que bebiam uma cerveja. “Já era para estar três. Já era para estar três”, declarou uma das pessoas. Nos poucos momentos em que a Costa Rica chegava ao ataque, rapidamente se ouvia: “sai zica, sai zica”. Um dos momentos mais tensos foi quando Roberto Firmino foi chamado pelo técnico do Brasil. Ao ser anunciado que Paulinho sairia de campo, os elogios vieram para Tite, que já tinha ganhado créditos por ter colocado Douglas Costa no jogo.

O pênalti marcado em Neymar foi comemorado como um gol, mas rapidamente todos voltaram ao seu semblante normal porque, com ajuda do árbitro de vídeo, a marcação foi anulada. As pessoas passaram a ficarem nervosas e reclamavam do jogador de Paris Saint-Germain, que foi definido como “cai-cai” e com a cera de Los Ticos.

A participação de Gabriel Jesus no gol de Philippe Coutinho e o segundo tento aliviou a torcida. O jogo foi nervoso, o time todo estava nervoso, mas a gente sabia que o resultado ia sair. Para mim, está tudo bem. Agora só falta mais um jogo para classificar”, analisou Seu Luiz. “Deu (uma aliviada) para ele. Já que não fez o gol, pelo menos participar do lance”, completou sobre a situação do camisa 9.

O tio ainda falou sobre a continuação da participação do Brasil no Mundial. “A projeção para o resto da Copa? Ganhar todos os jogos e ser campeão. Se Deus quiser com gol do Gabriel, mas se ele não marcar, o importante é trazer o caneco”.

Fonte: Gazeta Esportiva

 

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