Feitos dentro das quatro linhas de um campo de futebol jamais irão sumir da história e a carreira do ex-atacante Pedro Iarley foi repleta de acontecimentos que serão contados para sempre, como o gol marcado em cima do Boca Júniors, em plena La Bombonera, na Libertadores, no dia 24 de abril de 2003, que completa 20 anos hoje. Em conversa com a reportagem do DOL, nesta segunda-feira (24), ele relembrou a façanha.

“No momento que tu faz o gol, é muita alegria. É um momento que tu está esperando. Tu se prepara para aquilo ali. É tudo que um atleta precisa, que ele busca essa consagração de um trabalho bem feito. E só de lembrar a alegria do torcedor, manter aquele resultado para o clube, isso tudo pela vitrine, tudo vai passando na sua cabeça, o trabalho que você fez até o momento e aí você consegue mais forças ali para tentar segurar o resultado e continuar firme ali, concentrado, porque ainda tinha jogo, mas no momento que você faz o gol vem tudo isso na cabeça. A alegria do povo, do torcedor. É indescritível”, destacou.

O Paysandu segue sendo, até hoje, a única equipe do norte que disputou uma Libertadores. E o Papão não fez feio na maior competição da América do Sul. Os bicolores se tornaram a sensação continental. Em seis jogos disputados na primeira fase, foram quatro vitórias e dois empates, com destaque para a goleada histórica sobre  o Cerro Porteño, no Paraguai, onde os paraenses venceram por 6 a 2. Após a primeira fase, o temido time argentino nas oitavas de final.

“Na minha cabeça era um um misto de ansiedade e alegria. No momento que a gente soube que pegaria o Boca Juniors bateu aquela ansiedade, não medo, mas uma ansiedade. ‘Vixi, o todo poderoso Boca Júniors, o temido Boca Juniors’, mas aí, ao mesmo tempo, alegria porque a gente ia enfrentar uma grande camisa e ter visibilidade. Íamos jogar na La Bombonera, na Argentina, porque naquela época o Boca mandava na América do Sul. E era uma vitrine muito boa para aquele momento da minha vida, como foi. Então, teve esse misto de sentimentos”, enfatizou Iarley.













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“Saindo do hotel a essa ansiedade aumentou muito. Quando você vai passando pelas ruas e vê o argentino, que é muito fanático, fazendo festa, comemorando, com certeza achando que ia ser uma goleada com uma pressão muito grande. Mas eu estava muito tranquilo, concentrado, o grupo estava muito confiante que ia fazer um bom papel, um bom jogo. Mas a pressão realmente foi muito grande”, ressaltou.

Com capacidade para 54 mil pessoas, a La Bombonera é um caldeirão, principalmente quando o assunto é Libertadores. O Boca Jrs é hexacampeão continental, tendo vencido nos anos de 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007. Pela competição, o Papão da Curuzu se junta a um seleto grupo de brasileiros que venceram os argentinos no estádio. Além do Lobo, somente o Santos de Pelé, Cruzeiro, Fluminense e Palmeiras bateram os hermanos.

“O estádio da La Bombonera é diferente em tudo. A atmosfera é diferente. Antes de entrar no estádio, o jogador já sente. A arquibancada pode ser sentida dentro do vestiário. Então, a pressão é muito grande. É um momento muito difícil para o adversário. Se não estiver bem concentrado, com a cabeça fria, já entra ali com as pernas tremendo. A La Bombonera é diferente mesmo”, contou.












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A Libertadores mudou o patamar da carreira de muitos jogadores que defenderam o Paysandu, mas nenhum chegou próximo de Iarley. Após os feitos, o ex-atacante foi para o próprio Boca Jrs e conquistou um Campeonato Argentino e um Mundial de Clubes. Depois, também teve passagem marcante pelo Internacional, onde conquistou a Libertadores, Mundial e Recopa Sul-Americana. Esse são alguns dos principais títulos da carreira do ex-jogador, que é grato ao Paysandu por ter dado início a toda essa trajetória.

“A minha passagem pelo Paysandu foi um divisor de águas na minha carreira. O Paysandu estava disputando a primeira divisão e a Libertadores. Então, é tudo que um atleta precisa. Tudo que um atleta busca. E naquela época o time era muito encaixado, muito bom. As características (dos jogadores) deram liga. Então, o Paysandu foi um divisor de águas. As nossas atuações ajudaram todo mundo. Todos os atletas do Paysandu, depois daquela Libertadores, tiveram uma vitrine muito boa. E a minha não foi diferente. Depois que a gente foi eliminado, passou um período, eu recebi várias propostas de clubes e uma delas foi do Boca Juniors. Vesti a 10 do Boca Juniors. Fazia parte de um time que, praticamente, era o melhor time de toda América do Sul. É tudo que um atleta busca. Mas a minha gratidão pelo Paysandu ela vai ser eterna”, finalizou.












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