Weverton deve ser o titular da meta brasileira no amistoso desta sexta-feira contra a Argentina. Tido como um dos atletas de confiança do técnico Tite, o goleiro do Atlético-PR iniciará pela primeira vez uma partida com a camisa canarinho após as Olimpíadas. Prestes a ter que anular as finalizações de grandes craques do futebol mundial, como Messi, Di Maria e Dybala, ele prega confiança, mas não nega a preocupação em relação aos rivais.
Além do nível técnico dos argentinos, há um adicional: a estreia de Jorge Sampaoli no banco de reservas albiceleste. A mudança no comando da seleção motivará os atletas que não vinham conseguindo bons resultados, e justamente por isso é preciso ter atenção redobrada.
“Às vezes, quem está em um momento bom, não vence, como quem está em um momento ruim, pode não perder. Cada clássico é uma história diferente. A troca de treinador vai motivá-los, há um novo ânimo, esperança para quem não vem atuado e para quem não vem tão bem. A gente espera que a recuperação da Argentina venha depois dessa partida”, disse Weverton.
“A equipe toda é uma preocupação para a gente. A comissão técnica tem estudado bastante o estilo de jogo do Sampaoli, aquilo que ele vinha fazendo no Sevilla, então, com certeza, vão passar tudo o que é necessário para não sermos surpreendidos. São jogadores que individualmente podem mudar um jogo, então todo o cuidado é pouco”, completou.
No Atlético-PR desde 2012, Weverton se acostumou a um nível bem diferente do que há no futebol europeu, onde atuam os principais atletas da Argentina. Questionado se o fato de ter menos experiência em jogos contra grandes nomes do futebol mundial pode pesar no duelo contra os Hermanos, o goleiro foi pontual.
“Não estou aqui à toa. Quem me colocou aqui sabe o porquê de eu estar aqui e confia no meu trabalho. Não me importa quem tem mais experiência ou menos, a oportunidade é minha e preciso fazer o melhor para poder ajudar a equipe”, afirmou.
Convocado para as Olimpíadas do ano passado no lugar de Fernando Prass, que lesionou o cotovelo durante a preparação da equipe, Weverton seguiu sendo lembrado por Tite e é um dos fortes candidatos a integrar o grupo de goleiros brasileiros na Copa do Mundo do ano que vem. Embora tenha feito um bom trabalho na conquista da medalha de ouro inédita no Rio de Janeiro, o jogador do Atlético-PR prefere não cravar sua presença na Rússia.
“A gente até lembra o que aconteceu com o Prass nas Olimpíadas. Cheguei aos 48 minutos praticamente, não esperava estar lá e estive. Então não adiante achar que eu estou agora e, de repente, não estarei no futuro. Tenho que aproveitar cada oportunidade que o Tite tem me dado e fazer um grande trabalho. Não dá para cravar o que vai acontecer daqui a um ano, porque é muito tempo”, concluiu.
Fonte: Gazeta Esportiva