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Vitória bicolor é destaque na Coluna de Gerson Nogueira

Papão não dá chance ao azar

O PSC foi cirúrgico. Três chances, três gols. A vitória começou a ser construída logo aos 3 minutos de jogo e foi definida aos 3 e 10 minutos do segundo tempo. Mesmo sem fazer uma exibição primorosa, o time foi organizado e focado, aproveitando as mínimas oportunidades surgidas. O Ferroviário tentou equilibrar na primeira metade, mas desabou por completo – inclusive fisicamente – na etapa final.

A vantagem estabelecida logo de cara, em finalização de Marlon após cruzamento de Bruno Collaço no segundo pau, surpreendeu o Ferroviário. Foi uma situação parecida com a da vitória sobre o Treze-PB, quando o gol saiu logo no primeiro minuto.

Com 1 a 0 no placar, o PSC passou a jogar sem pressa. Adotou uma postura mais cadenciada e segura, sem permitir chances ao ataque do Ferroviário. As duas chegadas mais agudas, com André Mensalão e William Lira, foram bem neutralizadas pela defesa e pelo goleiro Paulo Ricardo.

O visitante trocava passes sem objetividade, sem acelerar as jogadas ou pressionar a última linha do Papão. Do lado bicolor, Uchoa e PH arriscaram chutes de fora da área, mas o ataque não organizou mais nenhuma tentativa bem sucedida contra o gol de Nicolas.

Veio a segunda etapa e aí o PSC foi impecável no aproveitamento das chances. Novamente aos 3 minutos, Marlon balançou as redes. A jogada nasceu de um passe vindo da defesa bicolor. O atacante estava aberto pela esquerda, recebeu a bola e avançou. Errou a finta, mas a bola voltou e ele bateu rasteiro para o fundo do gol.

A partida foi decidida aos 10 minutos, quando Collaço foi à linha de fundo e cruzou rasteiro. A bola chegou a Vítor Feijão, que encheu o pé e acertou um chute cruzado, indefensável. PSC 3 a 0 no placar e absoluto em campo.

O adversário mexeu na equipe, trocou atacantes, mas o cenário continuou exatamente igual. Quando o Ferroviário subia e se aproximava da área investia em cruzamentos tortos ou chutes precipitados. O nervosismo e a ansiedade foram minando a equipe.

A partir dos 30’, o Papão teve seguidas oportunidades para chegar ao quarto gol, aproveitando os erros de passe e os espaços deixados pelo Ferroviário. A melhor tentativa foi com Luiz Henrique, que conduziu a bola pelo centro e chutou forte, com perigo para Paulo Ricardo.

A aparente facilidade do jogo veio da disciplina e concentração do PSC, que buscou o ataque desde o início e foi extremamente preciso nas finalizações, fazendo gols logo no início dos dois tempos, o que sufocou qualquer pretensão do Ferroviário. O time cearense, bastante modificado nas últimas rodadas, não mostrou intensidade e nem forças para reagir.

Com a derrota, o Ferrão está fora da briga pela classificação e corre riscos de queda, embora tenha o Imperatriz como adversário na próxima rodada.

O Papão dá um passo importantíssimo, chega a 25 pontos e passa a depender de uma vitória sobre o Botafogo-PB na próxima rodada, em Belém, para passar à fase de grupos da Série C. Continua a depender exclusivamente de suas forças para avançar.

Com gols e desembaraço, Marlon faz esquecer Vinícius Leite

Um jogador que chega com pinta de predestinado. Marlon, que marcou um gol logo na estreia contra o Imperatriz, fez mais dois ontem e se candidata instantaneamente a novo ídolo da torcida alviceleste. Gols importantes, decisivos e que abrem caminho para a classificação.

Rápido, bom finalizador e com aquela faísca de oportunismo que tanto fazia falta ao ataque do PSC nesta Série C. Para quem se agoniou com a saída de Vinícius Leite, que era um dos destaques ofensivos do time, a entrada de Marlon representa um sopro de renovação.

Sem muita badalação, ele chegou, entrou no time e agradou em cheio. Uma raridade no futebol paraense, onde normalmente os recém-contratados custam a se adaptar e mostrar qualidade, vide o exemplo de Felipe Gedoz no Remo.

Caso mantenha a média, Marlon tem tudo para ser o grande nome do Papão nas últimas rodadas e na fase de grupos. Além da habilidade com a bola nos pés, ele mostrou virtudes táticas, voltando sempre para marcar e ajudar Collaço pelo lado esquerdo da zaga.

Uma contratação que deve ser creditada à diretoria de Futebol, normalmente muito criticada por erros acumulados na temporada.

Resultados da rodada aumentam pressão sobre o Leão

O Remo tem hoje a segunda das quatro oportunidades de garantir a classificação. A primeira foi desperdiçada dentro de casa, diante do Santa Cruz, na rodada passada. Contra o Botafogo-PB, em João Pessoa, a postura terá que ser inteiramente diferente das últimas visitas que o Leão fez na competição.

Sob o comando de Paulo Bonamigo, o time ainda não venceu fora de Belém. O máximo que conseguiu foi o empate diante do Vila Nova. É chegada a hora, por força da necessidade, de conquistar uma vitória.

Depois dos resultados da rodada, o Remo caiu para a terceira posição, com 26 pontos, pressionado por PSC (25) e Manaus (23). Mais importante: a equipe de Bonamigo entrará em campo sabendo que 28 pontos já não asseguram a classificação.

É cada vez mais provável que 29 pontos será a pontuação mínima para ir à fase que definirá o acesso. Diante disso, o Remo passa a ter que conquistar três pontos nos próximos três jogos – Botafogo, Manaus e PSC. O grande problema é que Manaus e PSC são concorrentes diretos.

Para o confronto com o Belo, o Remo terá praticamente todos os titulares, com exceção de Hélio Borges, suspenso, e Tcharlles, lesionado.

As dúvidas se localizam no meio-campo e na linha ofensiva. Eduardo Ramos no meio ou na frente, Gedoz ou Carlos Alberto na criação, Wallace ou Gustavo Ermel na esquerda, Djalma como substituto de Hélio?

Bonamigo não antecipa escalação, mas é provável que Ramos seja o organizador e o ataque tenha Djalma/Eron, Salatiel e Ermel/Wallace.

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