Já se vão 20 anos desde a última vez em que o Brasil venceu uma Copa do Mundo. Desde então, o país atravessa uma verdadeira crise técnica, que só recentemente deu ares de que iria melhorar. No entanto, a campanha no Catar foi o suficiente para enterrar qualquer esperança que tivesse nascido. O futebol brasileiro continua sem força para se impor no cenário internacional e não é à toa que as últimas cinco participações brasileiras em Mundiais foram muito ruins. Será que isso poderá mudar no futuro próximo? Se você gosta de fazer previsões esportivas, veja aqui como dar os seus palpites.
De 2006 a 2022, o Brasil foi eliminado quatro vezes nas quartas de final. Na única vez em que conseguiu ir além e chegou até a semi, tomou uma surra inesquecível de 7 a 1 para a Alemanha. Durante esse período a seleção foi se enfraquecendo gradativamente. O time de 2006, com muitos remanescentes de 2002, ainda era muito forte, embora não tenha feito uma boa campanha na minha Alemanha. De 2010 em diante, o nível foi baixando pouco a pouco.
No entanto, em 2022 a seleção deu alguns sinais de que a crise técnica poderia estar chegando ao fim. Isso porque uma nova geração bastante talentosa passou a brilhar na Europa. Nomes como Vinícius Jr., Rodrygo, Antony, Gabriel Martinelli, Richarlison, Bruno Guimarães, entre outros, ganharam protagonismo em seus clubes e também passaram a ter boas atuações com a camisa da seleção brasileira.
O Brasil, então, chegou ao Catar dando muitas esperanças ao torcedor, algo que não acontecia há bastante tempo. Jogo após jogo, porém, a seleção mostrou que ainda tinha inúmeros problemas estruturais. Em primeiro lugar, a falta de um camisa 10 autêntico. Além disso, constatou-se que a nova geração era composta basicamente por jogadores de lado de campo, que driblam muito, mas não conseguem finalizar as jogadas.
Assim, o que antes era empolgação logo chocou-se com a realidade. E bastou o Brasil enfrentar o primeiro rival europeu em uma mata-mata para essa realidade se impor. A seleção brasileira foi superada pela Croácia, nas quartas de final, que, por sua vez, foi facilmente batida pela Argentina na semifinal.
A crise técnica, portanto, persiste. Embora tenham, sim, bons valores nessa nova geração brasileira, ela está muito aquém do que o país necessita. Além disso, os defeitos de formação são evidentes. Como pode o país que já produziu Pelé, Zico, Rivelino, Rivaldo e Ronaldinho não conseguir mais formar camisas 10? Quem abdica de ter um meio de campo forte, abre mão de controlar a partida. E isso nós sentimos na pele contra a Croácia. Vejamos se, finalmente, o futebol brasileiro vai aprender a lição.