O atacante Victor Diniz, 17 anos, é mais uma cria do Paysandu que encontrou no aeroporto de Val-de-Cães, literalmente, a saída para tentar fazer sucesso no futebol profissional. Assim como tantos jovens formados pela base bicolor. O atleta não vinha tendo vez no profissional do clube, com o qual treinava já há algum tempo, sendo, no entanto, ignorado pelos técnicos João Brigatti e Léo Condé. Victor viajou para um período de 15 dias de teste no Palmeiras-SP, clube que poderá até ficar com o atleta em definitivo, mediante acordo com a diretoria do Papão.
Elogiado pelos técnicos da base e considerado uma “joia preciosa” pela diretoria, Vitinho, como é apelidado o atleta entre os companheiros, já conta com experiência em clubes de fora do Estado. Ele teve passagens pelo Joinville-SC, São Paulo-SP e Botafogo-SP, quando ainda era mais novo. Antes de deixar Belém, o atacante falou ao Bola sobre a experiência de treinar com o elenco principal do Paysandu, não demonstrando nenhuma mágoa pelo fato de não ter conseguido receber a atenção do técnico Condé.
“Foi muito importante esse tempo que estive no grupo principal. Mesmo não jogando pude aprender muita coisa”, afirmou. “Os jogadores mais experientes, principalmente aqueles que jogam na mesma posição que eu, me deram muitas dicas e que, com toda a certeza, serão importantes na minha carreira”, declarou o jogador, cujo pai, Rogério Diniz, foi assassinado inocentemente no Tenoné.
(Nildo Lima/Diário do Pará)