O árbitro Rodrigo Batista Raposo, de Distrito Federal, relatou em súmula as confusões na Curuzu após a derrota do Paysandu para o Brusque-SC por 2 a 0, na noite do último sábado (1ª).

A arbitragem observou de dentro do campo de jogo ao menos três ocasiões em que os torcedores bicolores se comportaram mal, arremessando objetos na direção do gramado e gerando tumultos que necessitaram da intervenção do policiamento presente no estádio.

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“Aos 17 minutos do primeiro tempo, com o jogo paralisado, foi arremessado um copo plástico ao banco de reservas da equipe do Brusque. Informo que o referido copo não atingiu ninguém, ato contínuo, peguei o copo e entreguei ao delegado da partida para tomar as providências junto ao policiamento.”, escreveu o árbitro.


No segundo tempo, conforme o clima da partida foi ficando ainda mais quente, em virtude dos gols do time visitante, o árbitro relatou mais dois momentos de confusão envolvendo torcedores bicolores.

“Aos 18 minutos do segundo tempo, com o jogo paralisado em uma cobrança de escanteio para a equipe mandante, a equipe de arbitragem identificou uma confusão entre torcedores do Paysandu, situados na arquibancada da travessa Curuzu (situada atrás do gol, onde fica uma famosa torcida, acostumada a causar punições ao Papão pela sua conduta) e a cadeira cativa (situada atrás do assistente 2). Fui até ao delegado da partida para tomar providências junto ao policiamento”, relatou Raposo, que ainda registrou os tumultos ocorridos após o apito final.

“Após o término da partida, os torcedores do Paysandu, situados na arquibancada atrás dos bancos de reservas, se aglomeraram para protestar contra jogadores e diretoria, arremessando alguns copos e pedras, não sendo possível identificar, pela equipe de arbitragem, a quantidade exata.”, concluiu.

VEM MAIS PUNIÇÃO POR AÍ…

Diante dos fatos, o Paysandu deve ser, mais uma vez, julgado na Justiça Desportiva. De acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, no artigo 213, a pena é de R$ 100 a R$ 100 mil. O clube, que já foi punido em duas outras oportunidades no atual Campeonato Brasileiro da Série C, deve perder mando de campo caso os responsáveis pelos tuumultos e objetos atirados ao gramado não tenham sido identificados.

“§ 3º A comprovação da identificação e detenção dos autores da desordem, invasão ou lançamento de objetos, com apresentação à autoridade policial competente e registro de boletim de ocorrência contemporâneo ao evento, exime a entidade de responsabilidade, sendo também admissíveis outros meios de prova suficientes para demonstrar a inexistência de responsabilidade”, diz o trecho do CBJD.

ZONA DE REBAIXAMENTO

Com 12 pontos ganhos, na 16ª colocação, o Papão pode terminar a 11ª rodada da competição na zona de rebaixamento, caso o Altos-PI ou o Floresta-CE vençam seus respetivos compromissos contra Náutico-PE e Clube do Remo.

O time bicolor volta a campo contra o líder Amazonas no próximo sábado (8), às 16h, no Estádio Carlos Zamith, em Manaus.

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