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A única solução para o Clube do Remo na Série C é vencer, vencer e vencer

Ao fim dos 90 minutos, os depoimentos dos jogadores do Remo, na saída do gramado, se dividiram em dois grupos. Todos concordaram que o desempenho azulino foi péssimo, mas enquanto um grupo mirava nos jogos restantes e trabalho a fazer, outro desabafou usando palavras fortes na saída do gramado.

Foi o caso do zagueiro Leandro Silva. “Tem que assimilar que é uma final a cada jogo. Não tem mais gordura. A gente está aqui e tem que ter um objetivo, algo melhor na vida. Não adianta 8, 7, 9 quererem e os que entram não darem conta do recado”, comentou o zagueiro titular da defesa azulina.

Incomodado com o desempenho da equipe, pediu desculpas ao torcedor e blindou o técnico Léo Goiano pelo que o time apresentou, chamando a responsabilidade para os próprios atletas. “O Léo é um grande treinador, não teve culpa do que aconteceu. Agora os atletas tem que assumir a responsabilidade, sim! É segurar nas mãos e fazer um grande resultado lá em Belém!”, declarou.

O volante França foi outro que não mediu palavras para reclamar da apatia do time em campo. “A gente fala que tem que mudar, mas chega em campo não consegue colocar em prática isso! Se quiser chegar em algum lugar, tem que ter um pouco mais de sangue, de vontade! O próximo jogo é guerra, tem que ser uma final”, disse o volante.

SERENIDADE

Bem mais comedido nas declarações, o atacante Luiz Eduardo se colocou no grupo que mira o restante do campeonato. “Uma equipe que quer se classificar precisa criar pra fazer gols. É descansar e repensar nossos sonhos no campeonato. Temos dois jogos em casa. Temos que ganhar os dois e sair para ganhar um fora. A gente se colocou nessa situação e precisa criar forças para sair”, afirmou.

Promessa é que daqui pra frente será diferente

Via de regra um treinador que procura destacar as qualidades do seu time em campo, mesmo em jogos em que o resultado não agrada, Léo Goiano também não usou de meias palavras para qualificar a atuação azulina. “Hoje foi terrível. Foi a pior partida que eu vi do Remo. Faltou espírito. Faltou sentir a camisa do Remo. Nossa equipe não deu um chute a gol, alguns atletas muito abaixo do necessário para a disputa da Série D”.

O treinador prometeu conversar com o grupo para entender a atuação tão apática. Ciente de que os 4 jogos finais, onde o time precisa garantir ao menos 3 vitórias, vão exigir ainda mais do seu time, já nos vestiários do estádio Rei Pelé o treinador prometeu mudanças.

“O esquema com três volantes está descartado. Jogaremos em casa e precisamos ser mais ofensivos, temos que pensar em outra situação para vencer. Porém todos nós temos que assumir responsabilidades. Contra o Confiança foi uma fatalidade. Mas o que aconteceu aqui foi inadmissível! Chegando em Belém vamos desenhar uma onzena diferente, porque o que apresentamos nesse jogo não dá pra aceitar”, afirmou o treinador.

Sem Bruno Costa, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o técnico sugere que o zagueiro Martony pode aparecer na equipe, assim como o atacante Jayme na lateral direita, para dar “mais ofensividade” ao time. Sinalizou ainda que Flamel deve ganhar sua oportunidade de titular

(Taion Almeida/Diário do Pará)

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