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Uma incógnita chamada Baenão

Desde 2014, a torcida do Clube do Remo não sabe o que assistir a um jogo do seu time no Evandro Almeida, o Baenão. O que era um sentimento de saudade passou agora para insatisfação. No próximo dia 1º de maio, completam três anos do último jogo oficial no estádio. Até aqui, foram várias gestões com promessas sem serem cumpridas e muito, mas muito dinheiro gasto, afinal, o torcedor participou de vários projetos e campanhas para a reabertura do Baenão, que, até aqui, continua fechado.

O presidente Manoel Ribeiro está indo para mais uma gestão no comando do Remo. Entre as propostas da campanha, estava reabrir o estádio ainda em 2017. Chegando para o quarto mês de mandato, ele explica que as obras pararam por causa do clima. “Você não pode botar os materiais com chuva. Ainda temos de fazer os vestiários e tudo mais. Estamos esperando que a chuva passe para que a gente possa retomar com tudo as obras”, afirma.

Ribeiro acredita ser possível, sim, entregar o Baenão ainda este ano. O objetivo é que o estádio seja reaberto em agosto, quando completa 100 anos. “A obra não é muito difícil de ser feita. Aquilo é feito com máquinas, é fácil de trabalhar, desde que tenha condições. A gente vai conseguir fazer isso o mais rápido possível”, ressalta.

Só que para fazer uma obra grandiosa, como a reforma de um estádio, o Remo vai precisar de dinheiro para bancar todos os custos. Manoel conta que os azulinos estão correndo atrás desta verba e de possíveis parcerias. “O Remo não tem condições de fazer. Vamos ter de fazer parcerias com alguém que receba o pagamento enquanto o Remo for jogando. Tem de ser uma empresa com muita capacidade, que poderá nos ajudar a fazer isso”, argumenta Manoel.

Parceria com o BMG? Nada oficial

Ao longo desta semana, surgiu uma possibilidade de o Leão fechar a parceira com o banco BMG, que tem feito investimento no setor do futebol e já patrocinou alguns dos principais times do país, como Flamengo-RJ, São Paulo, Atlético-MG e Cruzeiro-MG. “Houve um contato com eles, da BMG, por meio da nossa diretoria de Marketing. E como eles vêm fazendo no Brasil todo, podem ter se interessado. Mas, até agora, não chegou nada na minha mão”, afirma o presidente azulino, Manoel Ribeiro.

Apesar de nenhuma proposta oficial ter sido recebida pelo mandatário azulino, ele destaca que é esse tipo de parceria que o Leão tem interesse. “Qualquer um que possa nos ajudar a poder tirar o Baenão desta situação, evidentemente que estamos de boa vontade para fazer esta parceira”, destaca.

O banco BMG, em 2011, ficou em primeiro lugar nos investimentos em futebol no Brasil. Naquele ano, a empresa estampou sua marca em 31 clubes das diversas divisões do cenário brasileiro, representando praticamente 10% das agremiações que disputaram a primeira divisão dos campeonatos estaduais, segundo pesquisa sobre a economia do futebol brasileiro, produzida pela Global Sports Network (GSN). Entretanto, desde 2012, o BMG vem reduzindo drasticamente os investimentos no setor esportivo, em especial no futebol. Tanto é que, atualmente, é bem difícil se encontrar algum clube patrocinado pelo BMG. Ao torcedor azulino, resta esperar para saber se esta parceria, realmente, vai se concretizar.

(Café Pinheiro/Diário do Pará)

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