De volta para casa desde quinta-feira, o elenco do Paragominas se reapresentou ontem para a avaliação física, visando a segunda partida da semifinal do Campeonato Paraense. Depois de surpreender e vencer o Paysandu, por 3 a 2, na quarta-feira no Mangueirão, o Jacaré volta a campo na próxima quarta-feira precisando apenas do empate para voltar a uma decisão de campeonato depois de sete anos. Em 2013, o PFC perdeu a final justamente para o Papão.
Autor de dois dos três gols de quarta, o meia João Neto afirmou que o sucesso do Paragominas se deu, em grande parte, por ter sabido como encarar o adversário. “Foi um jogo difícil e sabíamos que seria assim, mas nos preparamos muito bem, estudamos o Paysandu e acreditamos que poderíamos vencer”.
O paraense João Neto está em sua terceira passagem pelo Paragominas, clube que mais defendeu em sua carreira. Ele sabe a importância que um título teria para a cidade e prega um esforço concentrado para passar pelo Papão. “Não ganhamos nada, quarta-feira já tem outra batalha e vamos trabalhar mais forte ainda”.
Para o comandante da equipe, a atuação de quarta-feira foi muito boa, mas o time precisa de mais para chegar à final. De acordo com o técnico Robson Melo, com alguns acertos o PFC pode sonhar com o título. “Gostei primeiro da disposição tática, entrega e coragem do meu time. Porém, precisamos de mais aplicação e organização para classificar”. Melo deu a seguinte entrevista ao Bola.
P; Por que contra o Paysandu se viu um Jacaré melhor fisicamente e taticamente?
R: Futebol se requer tempo e repetições para poder massificar a ideia de jogo e condicionar. A mudança foi de postura e uma melhor leitura de jogo por parte dos meus atletas. Fomos valentes e corajosos!
P: A vantagem é muito pequena, como aproveitá-la?
R: Essa vantagem só será aproveitada nos momentos finais do jogo. Está tudo em aberto pela classificação, esse mesmo Paysandu já aplicou duas goleadas na gente esse ano. Então temos que ter o máximo de concentração e seguir melhorando.
P: O PFC teve uma semana para se preparar, ao contrário do adversário?
R: Com a estrutura do Paysandu e esse plantel não existe isso de vantagem para o PFC. Eles tiveram mais de 15 dias na nossa frente na preparação feita, começaram dia 1°/07 e nós dia 17/07. O que pesou foi que tivemos outra postura e entramos pra disputar uma final de campeonato. Volto a frisar, tem nada resolvido!
(Diário do Pará)
