Poucos após a goleada aplicada em cima do Independente, por 4 a 0, no último dia 9, em jogo válido pela quarta rodada do Parazão, o treinador Netão estava prestes a bater a marca de jogos sem perder à frente da comissão técnica azulina, além de contar com o moral elevado no decorrer dos seus quase oito meses na função. Contudo, bastou uma semana para tudo desmoronar e, após as derrotas para Serra-ES e Paysandu, a torcida já começou a pedir a saída do técnico.
O próprio Netão havia dito que estava tranquilo quanto a sua permanência na função, pois, mesmo com toda a leitura infeliz no clássico em cima da montagem da onzena titular e mexidas erradas, a péssima atuação dos jogadores, na avaliação final, acabou por ser mais determinante no sacode sofrido. E o presidente Fábio Bentes entendeu da mesma forma, assim, garantindo João Neto no time. “A gente confia no trabalho do Neto, que se preparou e está pronto. Ano passado ele foi fundamental na permanência na Série C. Pegou o time em um momento de crise, muito ruim, bem pior do que esse. Não podemos desconsiderar isso”, explicou o cartola.
Netão, aliás, disse que sabe como mudar as coisas e destacou suas metodologias como ponto de partida para atingir êxito, mesmo com desconfiança da torcida. “Ano passado, quando era auxiliar do Givanildo, eu já conhecia os jogadores e o estilo de cada um. 90% desse elenco é novo, e só vamos conhecer cada um em ambiente de jogo. Se não acontecerem os testes, vamos deixar encostados. Confio no meu trabalho e no grupo e sei que nós podemos extrair o melhor deles”, disse.
(Matheus Miranda/Diário do Pará)