São apenas 11 vagas e um número bem maior de jogadores querendo disputar o Re-Pa de domingo (26), no Mangueirão. No Paysandu, a concorrência pela titularidade nunca esteve tão acirrada na temporada. A disputa por uma vaga na equipe aumentou após o técnico Marcelo Chamusca ter optado por um time reserva para enfrentar o São Francisco e que acabou surpreendendo, não só pela vitória folgada por 3 a 0, mas principalmente pela voluntariedade dos atletas em campo.
O próprio Chamusca, após a partida, já dava sinais de ter dúvidas para definir a equipe para o clássico. “Alguns não acreditavam, achando que os caras vinham aqui só para passear e eles mostram que vieram para aproveitar a oportunidade”, comentou o técnico, ainda em Santarém. Entre os jogadores, o discurso é o de que todos eles estão à disposição do treinador. Basta serem chamados.
“Independente de ser titular ou não, estou à disposição do Chamusca para ajudar ele e a equipe”, declarou o atacante Alfredo, que com os dois gols marcados no “Barbalhão” virou um dos artilheiros do Parazão e se credenciou a condição de titular. Sem meias palavras, o volante Jhonnatan é outro que torce para ser lembrado pelo treinador no domingo.
“A minha expectativa é de voltar (a jogar) no domingo. É um clássico e todo mundo quer jogar”, comentou. As dúvidas de Chamusca vão da defesa ao ataque, já que até mesmo quem não vinha destacando, caso do lateral-direito Hayner, resolveu “comer a bola” na partida passada do time. “Não temos um time, com 11 jogadores, mas sim um elenco, que me oferece opções para os jogos, como o de domingo”, avaliou Chamusca.
VAI TER ‘BICHO’?
A diretoria do Paysandu não confirma, mas informações extraoficiais, na Curuzu, dão conta de que o clube já estabeleceu o pagamento de um “bicho gordo” em caso de vitória do time no Re-Pa do fim de semana. A decisão foi tomada pela diretoria, levando em conta, segundo uma fonte, a importância do resultado para a caminhada do time rumo ao bicampeonato.
MUDANÇA DE HORÁRIO
O Paysandu tenta, nos bastidores, mudança no horário de deslocamento do time para a partida contra o São Raimundo, em Santarém, pela semifinal do Parazão. Para a partida contra o São Francisco, os bicolores tiveram de viajar pela madrugada, tanto na ida como na vinda da Pérola do Caeté. O horário gerou reclamação do técnico Marcelo Chamusca. “Perdemos noites de sono”, justificou.
(Nildo Lima/Diário do Pará)