Disputado na noite da última terça-feira, em Londres, o amistoso contra a Inglaterra foi o primeiro jogo da Seleção Brasileira contra uma equipe europeia sob o comando de Tite. Na avaliação do treinador, o empate por 0 a 0 no Estádio de Wembley serviu como aprendizado para o time canarinho.

Com a sua formação considerada ideal, o Brasil não conseguiu furar a retranca da seleção britânica, que ainda atuou desfalcada por oito jogadores. Apesar de deter domínio das ações ofensivas e da posse de bola, os comandados de Tite exigiram pouco do goleiro Joe Hart.

“Quando se joga contra uma linha de cinco defensores, um jogador tem de estar na amplitude muito aberto, em cima da linha. Porque se abre essa linha de cinco montada, os espaços de infiltração acabam sendo maiores. Exemplo: a bola do Paulinho que o Hart fez a defesa. O jogo mostrou muitos aspectos importantes de aprendizado”, avaliou Tite, em entrevista coletiva.


Este foi o último jogo da Seleção Brasileira em 2017. Antes, na sexta-feira, o time havia batido com facilidade o Japão, por 3 a 1, em Lille, na França, em outro amistoso. Para Tite, a equipe pentacampeã mundial deve aprender a jogar contra adversários de escolas diferentes.

“As características dos dois jogos que tivemos são bem marcantes e diferentes. Uma equipe de muita técnica e de qualidade, de imposição física, que é a Inglaterra. Já o Japão é mais móvel, em termos estratégicos nos marcou alto. A Inglaterra trouxe uma marcação pressão média e baixa para provocar situações de contra-ataque com a velocidade que tem, apostando no nosso erro. Duas escolas diferentes”, explicou o comandante.

Como preparação para a Copa do Mundo, o Brasil já tem outros dois amistosos confirmados. Nos dias 23 e 27 de março, o time canarinho enfrentará Rússia e Alemanha, em Moscou e Berlim, respectivamente. Serão mais dois testes diante da escola europeia antes da convocação para o Mundial, em maio.

“Graus de dificuldades altos, situações diferentes, propostas estratégicas diferentes. Temos de trabalhar em cima dessas variantes. Essa situação te traz componentes de finalizações de média distância, na medida que não se tem infiltração. Vamos aprender a trabalhar dessa forma”, projetou Tite, antes de ressaltar a importância de o Brasil aproveitar as poucas chances que têm diante de rivais retrancados.

“O jogo fica mais aberto, uma equipe procurando agredir e a outra se defender. Por isso, eu falo que a equipe precisa ter a efetividade. Tem de ser contundente”, ressaltou.

Fonte: Gazeta Esportiva

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