No dia dedicado a memória de quem já morreu, o Paysandu espera provar, no estádio Serra Dourada, em Goiânia, que pode ressuscitar na Série B do Brasileiro, deixando o “cemitério” da zona de morte da competição com uma vitória diante do Vila Nova-GO, a partir das 19h15, pela 34ª rodada da competição. Em Belém, os torcedores do Papão rezam e acendem vela para que o time, finalmente, acabe com a escrita ruim do time em jogos fora de casa. Em 16 jogos a equipe conseguiu apenas uma mísera vitória, logo na estreia diante da Ponte Preta-SP, por 1 a 0, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.
Com retrospecto tão ruim como visitante, condição em que só conseguiu obter 9 pontos, tendo um aproveitamento de 18,75%, a maioria dos torcedores bicolores já não demonstra tanta fé na volta por cima do time. Mesmo que o técnico João Brigatti e seus jogadores tentem, apenas na base do discurso, sem qualquer ação prática a cada partida, convencer a Fiel de que a permanência do time no paraíso da Série B em 2019 ainda é possível.
O Papão faz, entre os 20 clubes disputantes, a pior campanha do returno do campeonato. Até mesmo inferior ao Boa Esporte-MG, que é o lanterna da disputa e já está praticamente rebaixado. Em 14 jogos, os bicolores obtiveram apenas 9 pontos, acumulando uma vitória, seis empates e sete derrotas, atuando dentro e fora de casa. A equipe mineira, por seu lado, reúne 15 pontos, na mesma quantidade de partidas. De acordo com o departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Paysandu tem hoje 92,3% de probabilidade de ir para a Série C.
Já o site Chance de Gol, especialista em projeções matemáticas do futebol, é um pouco, mas apenas um pouco, mais animador. Segundo as estatísticas da página na internet, o Papão tem 90,5% de chance de cair para a Terceirona do ano que vem. Os bicolores, assim como os demais participantes da Série B, ainda têm mais cinco partidas pela frente, sendo duas em casa (Oeste-SP e Atlético-GO) e três fora (Vila Nova, hoje, Guarani-SP e Figueirense-SC).
Pelos cálculos dos matemáticos, para evitar a queda, o Paysandu teria de conseguir, no mínimo, 13 dos 15 pontos que tem a disputar no campeonato. Uma pontuação pra lá de improvável, levando em conta as atuações do time, principalmente atuando na casa dos adversários. Não bastasse isso, os próximos oponentes não são paradas fáceis, como é o caso do de hoje, que é o sexto colocado, com 51 pontos, apenas três de diferença para o CSA-AL, último colocado do G4.
(Nildo Lima/Diário do Pará)