Pressão. Essa palavra define bem como o Paysandu entrará em campo no estádio General Sampaio, em Porto Nacional (TO). Vindo de três jogos sem vitória, sendo uma derrota num clássico e uma desclassificação na Copa do Brasil, o trabalho feito na Curuzu começa a ser colocado em xeque. Uma boa atuação, acompanhada de um bom resultado, tornam-se imprescindíveis para dar mais tranquilidade ao Papão nesse início de temporada.

 Por mais que a temporada mal tenha chegado a um mês de treinos, o técnico Marquinho Santos está no clube desde o ano passado e o começo titubeante, aliado ao prejuízo financeiro da Copa do Brasil, começam a pesar contra. Dentro do próprio clube não são poucas vozes dissonantes ao trabalho do treinador.

Marquinhos sabe que em clube de massa o que importa são os resultados e que, por estar desde a metade do ano passado na Curuzu, essa cobrança é maior. Ele se diz tranquilo e pronto para aguentar a situação, mas cobra maior paciência com o que vem sendo feito até aqui. “Temos conversado constantemente e as cobranças existem. Mas tem que ser assim num clube grande. Acreditamos num trabalho de excelência com esse grupo. O trem descarrilhou um pouco, mas está voltando aos trilhos”, afirmou Marquinhos, que quer mais tempo para uma avaliação melhor. “O trabalho tem que ser avaliado ao fim de uma competição, pelo menos”, disse durante a semana.

Se a questão é atitude, ou a falta dela, o comandante alviazul vem dizendo desde o empate sem gols com o Paragominas que já há uma mudança nesse sentido. “O jogadores passaram a entender melhor as importâncias do campeonato Paraense e da Copa Verde, ainda mais depois da desclassificação da Copa do Brasil. Acredito que vamos voltar a ter boas atuações como nas primeiras três rodadas (estadual)”.

O Interporto também foi desclassificado da Copa do Brasil na primeira fase do torneio. Assim como o treinador do Papão, o do Tigre, Jadson Oliveira, exige que seus jogadores mantenham o foco nas disputas que restam. “São 25 dias de trabalho apenas, eles entenderam aquilo que a gente queria. A Copa do Brasil já faz parte do passado e temos um compromisso difícil pela frente contra o Paysandu”, afirmou.

E MAIS…


A partida de volta entre Paysandu e Interporto-TO está confirmada para o dia 20 de fevereiro às 19h30, em Belém. Com isso, alguns jogos do time bicolor pelo Campeonato Paraense tiveram que sofrer alterações. Antes da partida de volta da Copa Verde, dia 17, o Papão recebe o Parauapebas; depois o adversário será o Cametá, dia 25. Todos esses jogos devem ser na Curuzu.

 Renan Rocha terá primeira oportunidade bicolor (Foto: Fernando Torres/Paysandu)

Renan Rocha será titular na meta bicolor

Das mudanças que o técnico Marquinhos Santos fará para a estreia na Copa Verde, apenas uma teve um critério diferenciado. A presença de Mateus Muller, Renato Augusto e o provável retorno de Diego Ivo são considerados naturais pelo fato de estarem em um nível de preparação melhor, mas no gol a análise foi feita diferentemente.

Contratado no início do ano, Renan Rocha será o titular diante do Interporto-TO porque a comissão técnica resolveu por um rodízio entre goleiros. Marcão permanece nos jogos do Campeonato Brasileiro e jogou também na breve participação na Copa do Brasil. A Copa Verde ficará com Renan, que fará sua primeira partida com a camisa do Papão.

Marcão vem sendo criticado por parte da torcida, mas na última partida do Paysandu, contra o Paragominas, ele foi um dos melhores em campo e aposta na recuperação da equipe. “Estamos em um começo de trabalho, então acredito que tem que haver paciência porque o grupo está amadurecendo”, afirmou o hoje reserva Marcão.

O lateral direito Maicon Silva volta a bater a tecla o desgaste pelas últimas viagens, mas faz um alerta para a necessidade de um bom resultado diante das características do torneio. “Vamos sempre em busca da vitória. Num mata-mata as coisas são diferentes. Esse não será como a da Copa do Brasil, dessa vez terá volta e a decisão será em casa”.

Mateus Muller foi regularizado essa semana (Foto: Mauro Ângelo)

Mateus está ansioso pela estreia

Contratado no início da temporada, mas regularizado apenas essa semana, o lateral-esquerdo Mateus Muller deve ser uma das novidades na equipe do Paysandu hoje à noite. Fisicamente o jogador está bem e se diz pronto para poder estrear com a camisa bicolor. “A gente fica ansioso porque quer jogar logo. Estou feliz porque vinha trabalhando forte e me entrosando com os companheiros”.

O fato de ter ficado treinando em Belém durante mais de duas semanas garante a boa forma física. Falta entrar em campo para ganhar mais ritmo. “Ganhei tempo para chegar em um bom nível. O elenco ainda está se encaixando, com muitos jogadores ainda esperando a oportunidade de poder jogar”, afirmou Mateus, que prefere não se dar como confirmado entre os titulares. “Todo mundo quer jogar, mas cada um respeita seu espaço. Vamos deixar com o Marquinhos a obrigação de escolher”.

O lateral mostra confiança na recuperação da equipe e numa resposta positiva já na noite de hoje. “O grupo é unido, é forte e está fechado com o treinador. Vejo que um corre pelo outro e mostra consciência da missão que tem, as derrotas acontecem e temos que ter tranquilidade para assimilar isso e ir adiante”, concluiu o lateral bicolor.

ADVERSÁRIO

O comandante do Interporto tem todo seu elenco à disposição. “Estamos com o time completo para esse jogo. Ainda contamos com o reforço do atacante Tardini, que apareceu no BID na terça-feira e estará à disposição”, comentou o treinador Jadson Oliveira, dando a entender que deve efetuar a mudança. O comandante do Tigre gostou do rendimento do empate sem gols com o Juventude-RS. Por mais que o resultado tenha significado a desclassificação na Copa do Brasil, Oliveira deve manter a mesma equipe – com a exceção da possibilidade da mudança no ataque. “O jogadores já estão entendendo a estratégia de jogo. Não tenha dúvida de que nós faremos um bom jogo e vamos levar um bom resultado para Belém”.

(Tylon Maués/Diário do Pará)

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