O elenco do Paysandu se reapresenta hoje, em sua totalidade, para iniciar o trabalho para mais um clássico Re-Pa. Os dois rivais se enfrentam no próximo domingo, no jogo que resta para finalizar a primeira fase do Campeonato Paraense. Será o terceiro confronto seguido entre os dois rivais, com cada um vencendo um jogo e o Papão levando a melhor nas decisões por pênaltis. Na partida da última quarta-feira, entre os principais destaques esteve o goleiro Thiago Coelho, que fez pelo menos duas defesas que valeram o resultado.
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O camisa 1 do Paysandu comentou sobre a repercussão do jogo, lembrando que já teve outras boas atuações, mas que quando ela acontece em um Re-Pa o destaque é muito maior. O próprio treinador Márcio Fernandes falou sobre a atuação do jogador, ressaltando inclusive a sorte que Thiago teria em alguns momentos, como nas penalidades, em que uma cobrança foi na trave e outra para fora.
“O grande goleiro é aquele que pega a bola mais difícil. Qualquer um pega as mais fáceis. As difíceis mostram realmente a qualidade de um goleiro”, disse o técnico bicolor. “No final do jogo, teve uma bola do Muriqui, ele fez outra defesa, nos proporcionando a condição de ir para os pênaltis. Não digo que é sorte, acho que é qualidade do jogador, é o momento que está mais centralizado, confiante, para fazer a batida. Nós fomos felizes na batida”, completou Fernandes.
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Thiago Coelho falou com exclusividade ao Bola sobre o clássico, de como o ambiente melhorou na Curuzu, sua atuação e sorte em campo.
P Você já teve outras boas atuações, mas num Re-Pa tudo é amplificado. Como foi o dia seguinte ao clássico?
R “Uma boa atuação no clássico dá uma repercussão muito grande. Eu já tive oportunidade de fazer ótimas atuações contra outras equipes, mas no clássico foi diferente. É um jogo muito importante, é o mais importante para quem defende os clubes, pois muda a vida de qualquer atleta. A gente fica muito feliz de ver nosso torcedor contente, já que esse é sempre o nosso principal objetivo”.
P Não só você como todo o elenco precisavam dessa redenção. A classificação pode servir como ponto de virada para o reencontro do bom futebol do começo da temporada?
R “Eu acho que uma vitória dessas devolve a confiança de todos os jogadores. Vínhamos trabalhando muito, mas o resultado não estava acontecendo. Quando o resultado não acontece, a gente acaba tendo aquela sensação de que tem alguma coisa errada. Mas, na verdade, não tinha. Frisei em outras situações que a nossa equipe sofreu muito com lesões, ficamos com muitas baixas e isso dificultou bastante, com mudanças em todos os jogos. É bem complicado para qualquer equipe entrar com tantas mudanças. O que jamais pode faltar e nunca nos faltou foi garra, determinação e vontade de vencer. Vamos fortes para a sequência do campeonato”.
P Todo bom goleiro tem que ter sorte, também. Mas, o trabalho antes dos pênaltis, de movimentação embaixo da trave, serve também para desconcentrar o cobrador?
R “O trabalho enobrece o homem, né? E a sorte acompanha quem trabalha. Deus abençoa quem está sempre trabalhando com humildade e sinceridade. Isso faz muita diferença. Acho que tive sorte nas cobranças. A minha boa atuação no jogo e o fato de ter defendido pênalti contra o Princesa, fizeram os jogadores tentarem tirar um pouco mais e ocasionou nos erros, assim como no ano passado contra o Vila Nova-GO”.