Dois dias antes do confronto com o Paysandu pela semifinal do Parazão, o elenco do Bragantino visitou uma escola em Bragança para uma interação maior com a comunidade. Na terça-feira (20) à noite, véspera do jogo, o técnico Artur Oliveira recebeu cartas de estudantes de outro colégio, esse bem mais modesto, em uma comunidade mais pobre.

As cartas foram usadas na preleção e, no dia seguinte à vitória de 2 a 0 sobre o Papão, o Rei Arthur levou seus comandados para a escola Cristiano Rosa, na Vila Sinhá, para agradecer o incentivo.

“Era o mínimo que poderia fazer”, lembra Artur. O episódio mostra muito bem a relação entre Bragantino e Bragança, entre o Tubarão e a Pérola do Caeté. Com exceção da dupla Re-Pa, é o time com maior presença de torcida.


Hoje, na Curuzu, a equipe tenta o feito inédito de chegar à decisão do Campeonato Paraense.

O jornalista Fúvio Maurício é natural de Abaetetuba, mas foi criado em Bragança e tem no Tubarão seu time de coração. “Sempre acompanhei o Bragantino. Esse ano fui em todos os jogos, mesmo passando a semana em Belém eu moro no interior. Tanto que nesse sábado (hoje) chego com um grupo de amigos na Curuzu na hora do jogo e volto em seguida. Domingo é aniversário da minha filha e tenho que estar em casa”, conta.

RAIO X

Na classificação geral o Bragantino é o segundo colocado. A campanha do time surpreende não só por que veio da Segundinha, mas pela forma como foi montado o elenco, com peneiras e busca de atletas locais. Durante a fase de classificação, o time teve em três jovens valores emprestados pelo Paysandu bons reforços. Mas, na semifinal, por conta de um acordo com o Papão, o goleiro Paulo Ricardo, o meia Alan e o atacante Aslen não puderam entrar em campo.

“Isso não abalou nosso grupo. Continuamos fortes e unidos. O Paysandu tem jogadores que com o salário mensal bancaria toda nossa folha, mesmo assim vamos em busca de um grande jogo e a classificação”, diz Artur.

(Tylon Maués/Diário do Pará)

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