Na semana em que decide o título da Libertadores, o Atlético-MG sofreu um duro golpe da justiça desportiva após incidentes causados pela torcida na partida contra o Flamengo, pela final da Copa do Brasil 2024.
O Atlético Mineiro foi punido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) com a perda de seis mandos de campo, sendo ainda obrigado a jogar com os portões fechados ou com a presença restrita de público. A punição foi por causa do tumulto provocado pela torcida da equipe durante o segundo jogo da decisão da Copa do Brasil contra o Flamengo, na Arena MRV.
A decisão da 5ª Comissão Disciplinar do STJD tomada nesta quarta-feira (27) foi por uma pena de três jogos com os portões fechados —dois deles já cumpridos—, e três com a presença permitida somente de mulheres, crianças, adolescentes de até 16 anos, idosos e público PCD.
“A decisão cabe recurso e o clube recorrerá”, disse o Atlético Mineiro em nota.
Conforme a Procuradoria de Justiça Desportiva, o clube foi denunciado por “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordem em sua praça esportiva, invasão ao campo de jogo e lançamento de objetos no campo”.
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A Procuradoria citou arremessos de bombas, invasões de campo e uso de laser contra o goleiro Augustin Rossi, do Flamengo. A PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) abriu um inquérito para apurar o crime. Outros dois artefatos foram atirados próximos do jogador Gonzalo Plata, autor do gol da vitória por 1 a 0.
O fotógrafo Nuremberg Maria José foi atingido por uma bomba e sofreu fraturas e rompimento de tendões, segundo a Procuradoria.
Em 12 de novembro, dois dias após a partida, o STJD já havia determinado a interdição da Arena MRV, obrigando o clube a realizar seus jogos como mandante em outro estádio e com portões fechados.
O alvinegro mineiro mandou as partidas contra Botafogo, pela 34ª rodada, e contra Juventude, pela 36ª rodada, no Independência, em Belo Horizonte.
O Atlético Mineiro informou que já identificou parte dos infratores, que serão punidos pelo clube “de forma severa”. Segundo a direção, 16 torcedores foram conduzidos pela Polícia Militar, sendo que 12 foram detidos por conta de incitação de tumulto, ameaça e caso de injúria racial.
Após vencer a primeira partida por 3 a 1, no Maracanã, o rubro-negro venceu novamente por 1 a 0, na casa do adversário, e sagrou-se campeão da Copa do Brasil de 2024.
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