Não é novidade para ninguém a péssima fase que o Clube do Remo vive no Campeonato Brasileiro Série C. Após três fracassos em três jogos, a equipe comandada por Gustavo Morínigo – que está na “corda bamba” – vai encarar seu principal desafio no ano de 2024: o Floresta-CE.
A partida, porém, não diz respeito totalmente ao time cearense, mas em como será “a vida” do Leão nesta Série C. Afinal, se não ganhar do lanterna da competição, ganhará de quem?
Mesmo em todo o cenário que beira o desespero, o atacante Pedro Vitor, que está voltando aos poucos depois de se recuperar de uma grave lesão ainda no ano passado, acredita no elenco.
“Tenho certeza que temos elenco para mudar essa situação, mudar esse quadro. Basta uma vitória para darmos sequência ao trabalho. Creio que quando ela chegar, vamos desfrutar mais do trabalho e ficarmos mais leves para os jogos que temos pela frente”, destacou.
Jogo mais importante de 2024
Pressionados, os jogadores sabem que precisam do resultado por três motivos: 1º – tirar um peso das costas e respirar; 2º – permanecer no elenco, já que a diretoria do clube declarou tolerância zero para jogadores sem vontade; 3º – redenção com a torcida.
Atenção diretoria!
Se engana quem pensa que apenas os jogadores estão na “berlinda”: diretoria e comissão técnica estão ainda mais pressionados.
Em caso de derrota, é provável a demissão de Gustavo Morínigo, sua comissão técnica e talvez até Sérgio Papellin: o pacote completo. Se o fogo já está aceso, mais uma derrota causaria um verdadeiro “incêndio” no Estádio Baenão.
O lateral-esquerdo Hélder Santos, que disputou sua primeira partida na última semana, afirmou que todos são culpados, tirando um pouco da pressão que vive o treinador.
“Quando a fase não está boa, acho que não tem um culpado, não é só o treinador, aqui é um grupo, temos que ter responsabilidade nisso, porque ali todo mundo está se preparando. O treinador tem as escolhas dele, mas eu vejo um todo, todos são culpados, quem representa o Remo, quem entra dentro de campo, quem toma as decisões, mas é a gente que resolve, está nas nossas mãos”, disse.
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Protestos e ameaças
Na noite de ontem, torcedores do clube exibiram uma faixa ameaçadora em frente ao estádio remista, inclusive, com ameaças de morte.
No último domingo (5), alguns torcedores, esses sim, com a camisa do Remo, dispararam ovos em direção ao estádio, e na segunda (6), foi a vez dos jogadores sentirem a ira da torcida no desembarque em Belém, com críticas fortes, enquanto os mesmos se encaminhavam para o ônibus azulino.
Dejavú?
A situação se assemelha ao ano passado, quando o clube, comandado pelo então treinador Marcelo Cabo – que, inclusive, é o novo técnico do Floresta – perdeu as quatro primeiras partidas. Como resultado, além da demissão do profissional, e a contratação de Ricardo Catalá, o time travou uma séria briga contra o rebaixamento, talvez a pior situação desde a queda da Série B, em 2021.
Em coletiva, Sérgio Papellin afirmou que conversou com Gustavo Morínigo e deu um voto de confiança a ele, deixando claro a esperança que técnico possa reverter a situação.
“Nós tivemos uma reunião com a diretoria e o Morínigo para cobrar algumas coisas, pedir explicação de algumas situações de jogo. A nossa grande preocupação era saber se realmente o Morínigo iria conseguir tirar mais desse grupo que está aí. Pela conversa que nós tivemos, a disposição dele, a vontade é de seguir o caminho dele aqui no clube e nós também achamos que uma troca assim é meio complicada. Vamos esperar que ele consiga reverter essa situação”, explicou.
É vencer ou vencer
A partida, que deve ser a mais importante para o Leão no ano, pelo menos até aqui, será neste domingo (12), às 19h, no Evandro Almeida.