O São Paulo foi dominante no Morumbi e venceu o Red Bull Bragantino por 3 a 0 na tarde deste domingo (14). O jogo tranquilo teve gols de Rodrigo Nestor, Calleri e Igor Vinícius, valeu pela 22ª rodada do Brasileirão e derrubou a sequência de seis tropeços seguidos no campeonato.
O Tricolor chega a 29 pontos, fica a uma distância segura da zona de rebaixamento -seis pontos- e pode passar a sonhar com objetivos maiores no Brasileirão se conseguir manter o desempenho deste domingo. O Bragantino tem um a mais, mas as três derrotas seguidas fora de casa impedem de se aproximar dos integrantes do G-6.
O próximo compromisso do São Paulo é decisivo, na quinta-feira (18), quando tenta manter o embalo e defender a vantagem de 1 a 0 contra o América-MG para seguir na Copa do Brasil. Já o Bragantino tem a semana reservada a treinos antes de pegar o Ceará no domingo (21).
ATUAÇÃO DO SÃO PAULO
Não foi a melhor atuação tricolor no ano, longe disso, mas o time fez jogo seguro e soube aproveitar o marasmo do Bragantino. Tentou propor o jogo desde o primeiro tempo e, no segundo, conseguiu resolver cedo quando o adversário começou a se insinuar. Controlou bem a vantagem, adiantou a marcação para sufocar a saída de bola e naturalmente foi superior sem precisar sequer subir demais o ritmo.
ATUAÇÃO DO BRAGANTINO
Faltou ambição ao time visitante, que não conseguiu incomodar o São Paulo. Esteve à altura do jogo no primeiro tempo, que foi sem graça, mas foi desatento em dois lances criados pelo adversário. No segundo, a reação tímida foi logo encerrada com dois golpes de misericórdia. O time teve seu meio-campo dominado, deixou espaços que não poderia oferecer e acabou pagando pelas falhas da defesa.
O MELHOR: REINALDO
O lateral criou as principais chances do São Paulo no jogo. Foi dele o lançamento que deixou Nestor na cara do gol para abrir o placar, depois ainda tocou para Calleri dobrar a vantagem. Também participou da jogada do terceiro, mas esta teve muito mais mérito de Nestor, que merece menção honrosa. No geral, Reinaldo foi o principal armador tricolor e ainda foi bem nas divididas.
O PIOR: KEVIN
O zagueiro argentino falhou em três gols do São Paulo. Foi ele quem demorou para reagir à escapada de Nestor, que abriu o placar; depois nem subiu com Calleri no lance do segundo gol; e por fim perdeu a disputa com Nestor no lance que originou o terceiro. Acabou substituído logo na sequência.
MAIS DISPUTA DO QUE FUTEBOL
Foi um início de jogo de disputa intensa por espaço, mas poucos lances de perigo. O São Paulo teve dificuldades para propor o jogo, enquanto o Bragantino se satisfez em fechar a marcação. A primeira boa chance foi em uma escapada de Igor Vinícius pela direita, mas o chute acabou travado. Emoção, para além disso, só em uma saída de bola errada de Felipe Alves que acabou no pé de Jan Hurtado, mas o atacante não conseguiu acelerar a jogada.
GOL “SURPRESA”
O jogo truncado não deu nenhuma pista de que o São Paulo abriria o placar, mas uma roubada de Luciano no meio-campo criou as condições para um ataque rápido: Reinaldo foi preciso no lançamento para Rodrigo Nestor, que se deslocou, recebeu em profundidade e teve tempo para ajeitar o corpo e fazer o gol. O lance foi um oásis em um primeiro tempo, no geral, pouco empolgante. A outra boa chance foi de Patrick, após passe açucarado de Reinaldo, mas desta vez Cleiton defendeu.
AS EMOÇÕES DE FELIPE ALVES
A saída de jogo do goleiro assustou a torcida são-paulina ao menos três vezes durante o jogo. Em uma delas, entregou a bola no pé de Jan Hurtado mas deu sorte porque o adversário se atrapalhou na sequência. No segundo tempo, outro susto que fez o Morumbi arregalar os olhos: um passe que passou a centímetros de ser interceptado dentro da pequena área.
JOGO RESOLVIDO EM DOIS MINUTOS
Os visitantes até tentaram reagir na volta do intervalo, um pouco mais ofensivos e organizados em comparação ao primeiro tempo, mas o Tricolor conseguiu tranquilizar a partida rapidamente. Reinaldo acertou cruzamento preciso aos 14 minutos, e o toque para Calleri virou o segundo gol, de cabeça. No lance seguinte, Nestor escapou da marcação, brigou pela bola e abriu a assistência para Igor Vinícius chegar batendo e fazer o terceiro.
SÓ NÃO TEVE ESTREIA
Com o jogo dominado e três gols de vantagem, Rogério Ceni pôde administrar o desgaste do elenco e começou a poupar titulares. Foram cinco substituições em dez minutos, mas o argentino Nahuel Bustos não saiu do banco de reservas na primeira vez em que foi relacionado no São Paulo -entraram Nikão e Éder no ataque. Éder, aliás, chegou a balançar as redes nos acréscimos, no que seria o quarto gol tricolor, mas o lance não valeu por impedimento.
ESTREIA DA TERCEIRA CAMISA
O Tricolor esteve em campo de roupa nova: o terceiro uniforme em homenagem aos 30 anos do título mundial de 1992. Da camisa ao meião, as três cores tradicionais ficam dispostas como no agasalho que eternizou aquela conquista de Telê Santana e cia.
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