Zeca espera jogar no Corinthians (Reprodução/TV)

O Santos não se dá por vencido na disputa com Zeca, que fez exames médicos e está perto de assinar com o Corinthians. Respaldado pelo departamento jurídico, o Peixe entende que uma decisão definitiva só ocorrerá na audiência, em abril, e não abre mão dos R$ 50 milhões da multa rescisória.

“O Santos FC reconhece o direito do atleta de assinar com qual clube desejar. Reitera aos envolvidos, contudo, porque acredita na Justiça, que conforme esclarecido pelo TST, o mérito da ação ainda será julgado em abril. Assim, diante do resultado, o clube não abrirá mão, em hipótese alguma e nem parcialmente, do valor que lhe cabe”, diz o Peixe, em nota oficial.

O presidente José Carlos Peres está chateado com a postura do rival na negociação. O Timão só avisou o alvinegro depois do acerto salarial e exames. E admite publicamente.

“Caso haja uma decisão favorável ao Santos na Justiça, o jogador e os seus empresários que teriam de arcar com a multa. O Corinthians está se garantindo em contrato para, se isso ocorrer, o clube não ser lesado”, afirmou o diretor de futebol do clube, Duílio Monteiro Alves. “Não dá para falar sobre o contrato que não está assinado, mas ele pode assinar hoje (terça), sim”, concluiu o dirigente


Sem jogar desde outubro do ano passado, Zeca entrou com um mandado de segurança e conseguiu sua liberação do vínculo com o Peixe devido a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), com base no direito do trabalhador exercer sua profissão. O imbróglio, no entanto, ainda tem alguns capítulos pela frente, sendo o próximo uma audiência marcada para a primeira quinzena de abril.

Veja abaixo a sequência dos fatos que afastaram Zeca do Santos

Em empate por 2 a 2 diante do Vitória, no dia 16 de outubro de 2017, no Pacaembu, Zeca foi ao alambrado reclamar com torcedores após dar uma assistência para Jean Mota. Horas depois, em uma rede social, publicou dedos do meio e cornetas. Na entrevista desta sexta-feira, afirmou que foi mal interpretado pelos santistas.

Com a repercussão negativa, a antiga diretoria, do presidente Modesto Roma, optou por afastá-lo do time para enfrentar o Sport, no dia 19. O capitão Ricardo Oliveira e outros atletas pediram para que o clube revisse a opção e Zeca foi para a partida, e atuou como titular.

No retorno de Recife, Zeca foi cobrado por alguns torcedores no aeroporto em São Paulo. O lateral alega ter sido agredido no rosto. Algumas imagens da época mostram tapas e empurrões. O atleta, na coletiva, reclamou da falta de um esquema de segurança do clube para a passagem dos jogadores em direção ao ônibus.

Zeca se manteve quieto e enfrentou o Atlético-GO, na Vila Belmiro, no dia 22. O lateral quebrou o silêncio do elenco para conversar com a imprensa no intervalo da partida.

“Nosso time está treinando bem. Empatamos alguns jogos. (…) Acho que a torcida merece coisa melhor. É a hora de dar a cara. Tem de ter personalidade. Amo o Santos e vou lutar por ele”, disse Zeca.

A rescisão contratual foi pedida na Justiça quatro dias depois da declaração de amor. O fundo de garantia foi pago, mas ainda há dívida em luvas e bonificações, o que não é suficiente para a saída do clube sem custos. Na entrevista desta sexta, Zeca disse que as ameaças foram feitas também para a sua mãe, que sofre problemas psicológicos e estava com dificuldade no tratamento. Diante disso, ele decidiu entrar na Justiça e precisou deixar Santos às pressas, sem nem se despedir dos seus companheiros.

Zeca comparou a situação com a de Gustavo Scarpa no Palmeiras. Eles são agenciados pela mesma empresa. O meia, porém, tinha salários atrasados no Fluminense e, rapidamente, conseguiu a rescisão contratual, algo que não deve ocorrer com o ex-santista.

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Fonte: Gazeta Esportiva

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