O goleiro Rogério Ceni escapou de ser “aposentado” no Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Ele foi absolvido em julgamento nesta quinta-feira no Rio de Janeiro.
O capitão do São Paulo corria risco de ser suspenso por seis partidas. Como o Brasileirão só tem mais seis rodadas, ele ficaria de fora dos últimos jogos de sua carreira.
Rogério Ceni foi absolvido por unanimidade no julgamento. Os auditores disseram que o capitão são-paulino comentava sobre o clima criado pela diretoria do Vasco. “Comissão julgou a denúncia improcedente e entendeu, por unanimidade, que Rogério Ceni deveria ser absolvido”, disse o presidente da sessão, José Perdiz de Jesus.
O goleiro foi denunciado pela promotoria do STJD pelas declarações após o jogo entre São Paulo e Vasco. “Esse pênalti não é marcado dentro de campo. Esse pênalti já tinha sido marcado antes de começar o jogo, só bastava a circunstância. E apareceu uma circunstância, muito, muito, muito duvidosa. É uma pena, pois ele é um bom árbitro”, declarou.
O lateral Matheus Reis também foi julgado na mesma sessão por ter sido expulso na partida, no pênalti que gerou o comentário de Ceni. Mas o jogador foi absolvido.
Já o Vasco foi multado em R$ 2 mil por atrasar o início do duelo. O clube era reincidente no problema.
Defesa de Ceni
O advogado argumentou que as declarações que foram dadas não tiveram nenhum palavrão e em um contexto de elogio aos árbitros.
“O que o Rogério falou está incluindo em um contexto de vários elogios ao árbitro. O que ele quis dizer é que o Vasco entrou extremamente preocupado em apitar um jogo do Vasco após a partida contra a Chapecoense, que teve celeumas enormes. O árbitro entrou pressionado. Vale lembrar que ele não usou nenhuma palavra de baixo calão. E ainda elogiou o árbitro antes. Não houve ofensa, mas sim uma crítica mais dura”, falou Roberto Armelin, advogado do São Paulo.