A madrugada do último sábado (4) trouxe uma tragédia que abalou não apenas a vida do jogador Rodrigo Garro, mas também o cenário esportivo e jurídico. Um acidente envolvendo o meio-campista argentino resultou na morte do motociclista Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos, levantando questionamentos sobre as circunstâncias que levaram ao trágico desfecho.
De acordo com o promotor Francisco Cuenca, que acompanha o caso, exames toxicológicos realizados em Chiaraviglio indicaram a presença de álcool, maconha e cocaína no organismo da vítima. O nível de álcool no sangue era de 1,56 grama por litro, quantidade que, segundo estudos, compromete gravemente os reflexos ao volante. Além disso, foi revelado que o motociclista estava com a carteira de habilitação suspensa desde setembro de 2022, o que tornava ilegal sua condução de qualquer veículo.
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ENTENDA O CASO
O acidente ocorreu em La Pampa, na Argentina, quando Garro, que estava acompanhado do jogador Facundo Castelli, colidiu com a moto de Chiaraviglio. Apesar da gravidade da colisão, Garro e Castelli não sofreram ferimentos.
“Chegaram a nós informações importantes, como o alto nível de álcool no sangue da vítima, além de dar positivo para cocaína e maconha”, afirmou o promotor Cuenca ao site local “En Boca de Todos HD”.
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Após prestar depoimento, Garro foi liberado sem restrições, uma vez que, segundo Armando Agüero, procurador-geral da província de La Pampa, não havia risco de fuga e o jogador manteve contato com as autoridades. Ainda assim, ele foi indiciado por homicídio culposo, crime que prevê uma pena de dois a cinco anos de prisão e a suspensão da carteira de motorista por até 10 anos.
CORINTHIANS ATUOU DIRETAMENTE NO CASO
Um ponto que chamou a atenção foi a atuação do Corinthians no processo. O clube brasileiro, onde Garro está atualmente, emitiu um documento garantindo apoio ao atleta e se comprometeu a facilitar seu retorno à Argentina, caso seja convocado para futuros depoimentos.
“O que temos agora são provas objetivas que devemos avaliar no momento oportuno. São elementos que contribuem, mas ainda há muito trabalho a ser feito”, destacou Cuenca.
Enquanto aguarda a data do julgamento, Garro segue liberado para desempenhar suas atividades no futebol brasileiro, com apoio da família e da diretoria do Corinthians. Segundo seu advogado, David Diván, a colaboração do clube foi essencial para evitar maiores complicações jurídicas ao jogador. Caso condenado, além da pena de reclusão, Garro pode enfrentar uma longa suspensão de sua permissão para dirigir.
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